domingo, 31 de julho de 2011

Pequim... Beijing/China

Foto Sinopec Group Changping Conference Center

Sinopec Group Changping Conference Center: jht
Sinopec Group Changping Conference Center

Chinês de 19 anos derruba recorde mundial de uma década nos 1.500m

Yang Sun leva a torcida ao delírio no último dia do Mundial de Xangai

Quando o sino tocou, indicando os últimos 100 metros da prova, o Centro Esportivo Oriental já estava elétrico. Em delírio, a torcida chinesa gritava sem parar e sabia que um capítulo antológico da natação estava sendo escrito naquela piscina. No último dia do Mundial de Esportes Aquáticos, coube ao ídolo local Yang Sun dar à festa seu peso histórico. Aos 19 anos, ele não só venceu a prova de 1.500m como quebrou um recorde mundial que já durava uma década. Com 14m34s14, derrubou a marca do australiano Grant Hackett (14m34s56), de 29 de julho de 2001.
Yang Sun 1500m Mundial de Xangai natação (Foto: Reuters) 
O chinês Yang Sun cerra o punho e festeja a quebra de recorde mundial nos 1500m.
Era o único recorde mundial que sobreviveu à era dos supermaiôs. Separadas por dez anos, as duas pontas da história se unem pelo técnico: o australiano Denis Cotterell, que treinava Hackett, também é o mentor de Sun.
- Eu tenho muita coisa para melhorar, o principal é cabeça. Não vou colocar uma pressão gigante sobre os meus ombros. Ainda sou jovem, vou tentar me manter relaxado para lidar com as próximas provas e me preparar para 2012. Estou muito feliz com meu resultado e com o recorde mundial. Queria agradecer à imprensa, que sempre foi muito gentil, ao meu técnico, aos amigos e familiares – afirmou Sun, que mostrou bom humor e brincou o tempo todo na entrevista coletiva após a prova.
Na prova deste domingo, dominada pelo chinês do início ao fim, a prata ficou com o canadense Ryan Cochrane, que chegou dez segundos atrás com 14m44s46. O bronze é do húngaro Gergo Kis, com 14m45s66.
Sun já tinha dado outras alegrias à torcida em Xangai. Antes dos 1.500m, ele venceu a final dos 800m livre, ficou com a prata nos 400m livre e levou o bronze no revezamento 4x200m livre. A cada conquista, comemora com os torcedores e confirma sua condição de ídolo.
O recorde mundial de Sun é apenas o segundo derrubado após a proibição dos supermaiôs tecnológicos. O outro foi de Ryan Lochte, também em Xangai, nos 200m medley.

A nova realidade de Michael Phelps


Não seria louco de aqui escrever que Michael Phelps não é o melhor nadador do mundo de todos os tempos, ele foi e continua. Mas fora de forma não é o mesmo atleta. Quem lê o blog deve lembrar que em fevereiro de 2010 escrevi a respeito do futuro de Michael Phelps. Disse que ele continuaria a vencer, mas a diferença iria diminuir, e muito. Hoje, é mais fácil concordar, todo mundo sabe que isso aconteceu.
Mais que isso, Phelps não vai se expor. Não precisa e a sua marca vale muito para ser desvalorizada. O programa de provas já diminuiu e deve ser restrito as provas que Phelps tem condições de ganhar. Os 200 livre e os 200 medley passama ser dúvidas, os 100 e 200 borboleta certezas. Acho que ele acabará incluindo os 100 livre no seu programa e mais os revezamentos.
Phelps não gosta de perder, mas infelizmente hoje, não gosta de treinar. E se isso não mudar, Londres ao invés da sua glorificação poder virar o seu fracasso.
Basta ver a cara dele ao final da sua segunda vitória individual em Shanghai. Ela diz tudo.

sábado, 30 de julho de 2011


Aos 19, ídolo chinês hipnotiza torcida e quer ser melhor fundista do mundo

Yang Sun disputa a final dos 1.500m neste domingo no Mundial de Xangai

Cada um dos 26 centímetros a mais em relação à média de altura do povo chinês é muito bem aproveitado por Yang Sun. Com seus 1,98m, ele se sente à vontade para encarar as metragens mais longas da natação. Aos 19 anos, já é apontado como um dos fortes candidatos ao posto de melhor fundista da história do esporte. Em casa e com o empurrão ensurdecedor da torcida em Xangai, o xodó chinês vem fazendo jus às expectativas no Mundial. Já faturou um ouro, uma prata e um bronze. Na manhã deste domingo, por volta das 7h50m (de Brasília), promessa de loucura nas arquibancadas do Centro Esportivo Oriental, com a final da sua prova favorita: os 1.500m.
Yang Sun, chinês da natação Mundial de Xangai (Foto: Getty Images) 
Yang Sun e a bandeira da China: ídolo aos 19 anos no Mundial de Xangai.
Na última edição do Mundial, em Roma-2009, Yang Sun já deu sinais do que estava preparando para o futuro. Na Itália, com apenas 17 anos, conquistou o bronze na final dos 1.500m. De lá para cá, é presença constante no lugar mais alto do pódio das competições internacionais.
Yang Sun, chinês da natação Mundial de Xangai (Foto: Getty Images) 
Com 1,98m, fica mais fácil alcançar os torcedores
chineses na arquibancada.
Sun cada vez se aproxima mais do recorde mundial dos 1.500m, o único que sobreviveu à era dos supermaiôs. A marca de 14m34s56 ainda é do australiano Grant Hackett, atingida em julho de 2001. O chinês, que já ficou a menos de um segundo do tempo (14m35s43), segue o mesmo caminho do atual recordista. Ele é treinado por Denis Cotherell, ex-técnico de Hackett.
Em Xangai, o jovem fenômeno já começou a levar a torcida ao delírio. Venceu a final dos 800m livre, ficou com a prata nos 400m livre e com o bronze no revezamento 4x200m livre. Simpático, após cada conquista ele vai receber o carinho do público e joga as mascotes e as flores para as arquibancadas.
No domingo, Sun disputa a prova mais esperada pelos chineses. A vitória do nadador nos 1.500m é considerada uma barbada pela grande maioria. No ranking da temporada, ele está com o melhor tempo (14m42s52), com mais de dez segundos de vantagem para o segundo da lista, o húngaro Gergo Kis (14m52s72).
Se o ouro vier acompanhado do recorde mundial, Sun será o segundo nadador a conseguir a façanha no Mundial de Xangai. Nos 200m medley, o americano Ryan Lochte venceu a prova e estipulou uma nova marca (1m14s00).
- Na final, espero fazer o meu melhor e surpreender todo mundo, mas ninguém sabe o que vai acontecer – disse o ídolo chinês, misterioso, após as eliminatórias de sexta-feira.
Yang Sun, chinês da natação Mundial de Xangai (Foto: Getty Images) 
Após cada vitória, Yang Sun vai agradecer o apoio da torcida no Centro Esportivo.

Bem trancadas ou perdidas por aí, medalhas se afastam dos campeões

Phelps diz só ter visto duas vezes seus ouros de Pequim; Cielo guarda tudo no banco; e Nicolas Oliveira costuma ter suas ‘joias’ distribuídas pelo próprio pai

Cofre, banco, gaveta, armário, quadro... cada nadador tem um jeito peculiar de guardar suas medalhas mais importantes. O problema é que, às vezes, tanta preocupação em colocá-las em local seguro acaba distanciando o tesouro dos próprios campeões. Michael Phelps já admitiu durante o Mundial de Xangai que poucas vezes viu seus 14 ouros olímpicos. Cesar Cielo também preferiu trancar num banco suas “joias” dos Jogos de Pequim. Mas há quem nem se preocupe com isso. O brasileiro Nicolas Oliveira, por exemplo, costuma dar todas as medalhas para o pai, que não hesita em repassá-las como presentes.
ilustração medalhas natação (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto) 
Cada nadador encontra uma maneira de guardar seu tesouro .
- Há alguns meses tirei do local secreto onde estão todas as 14 de ouro dos Jogos para vê-las. Foi apenas a segunda vez que fiz isso desde Pequim. Não sou muito de olhar para o passado porque sei que há muito mais para fazer no futuro. Só costumo juntá-las quando a minha irmã vai lá em casa e diz: “Posso vê-las?”. E eu respondo: “Claro, vou buscá-las”. Não mexo muito, apesar de saber que há muitas memórias com elas e que nunca mais esquecerei. Acho que elas terão outro impacto alguns anos após me aposentar – revelou Phelps em Xangai.
O ouro de Cesar Cielo nos 50m borboleta: mais
um para o cofre do banco.
Cielo também prefere guardar em lugar seguro suas duas medalhas olímpicas. A maior estrela da natação brasileira colocou o ouro e o bronze conquistados em Pequim-2008 num cofre de banco. Em dezembro do mesmo ano, disse que preferiu deixá-las trancadas com medo de ser roubado.

Entre os brasileiros, gavetas, armários e quadros são os lugares mais comuns. Kaio Márcio tem todas medalhas penduradas em uma estante de vidro em sua casa, na Paraíba. Thiago Pereira guarda as suas na casa da mãe, em Volta Redonda. Raramente pode ver os seis ouros do Pan Rio-2007, já que atualmente está morando nos Estados Unidos.

- Estão em casa, em Volta Redonda, e ficam espalhadas em vários lugares. Algumas que estão em um quadro, outras em gaveta, depende. Não tem lugar certo – contou Thiago.

Assim como ele, Nicolas Oliveira também parece não se preocupar muito com a organização de suas medalhas. O nadador mineiro costuma dar todas para o seu pai, que já até distribuiu algumas pela rua.

- Meu irmão jogava futebol quando era mais novo e, um dia, em um torneio, vi uns meninos andando com umas medalhas de natação penduradas. Aí perguntei onde eles tinham arrumado aquelas medalhas, e eles disseram que o meu pai tinha dado. Mas não sou muito apegado a isso. Não fico com nenhuma medalha, não tem nenhuma na minha casa. Eu passo para ele, e ele distribui. Então, se você vir alguém aí andando com elas, não se assuste – brincou.

Cielo exalta superação e dribla clima hostil: ‘Não vim para fazer amigos’

Absolvido no caso de doping e dono de duas medalhas de ouro no Mundial, brasileiro revê a campanha em Xangai: ‘Foi mais difícil do que qualquer coisa’

Cesar Cielo ouro nos 50m livre Mundial de Xangai natação (Foto: Getty Images)
Superação, desafio, pressão. As três palavras acompanharam Cesar Cielo em cada braçada no Centro Esportivo Oriental, durante o Mundial de Xangai. Acostumado a se preocupar apenas em manter o posto de homem mais rápido do mundo nas piscinas, o campeão olímpico se viu às voltas com o julgamento por doping às vésperas da competição. Amargou o protesto público de rivais, colegas lhe virando a cara, e a pressão para mostrar, na água, que seguia no topo.
Cesar Cielo ouro nos 50m livre Mundial de Xangai natação (Foto: Getty Images)
Após conquistar seu segundo ouro, nos 50m livre, o brasileiro olhou para trás e avaliou tudo que passou ao longo do mês. Reconheceu que as duas medalhas de Xangai “têm peso maior que todas as outras” e classificou a batalha ao longo da semana como mais difícil do que qualquer coisa que já passou na vida. Lamentou as amizades perdidas, mas avisou que sabe separar o Cielo pessoa e o Cielo nadador. Este último continua sendo o mais rápido do planeta.
Cesar Cielo ouro nos 50m livre Mundial de Xangai natação (Foto: Getty Images)
Confira o que disse o bicampeão mundial após vencer a final dos 50m livre no sábado:
Críticas dos rivais
Não foi o cenário que eu imaginei. Como pessoa, posso dizer que fiquei um pouquinho chateado sim. Como nadador, não afeta. Não vim aqui fazer amigos. Vejo o meu indivíduo como duas imagens: o Cesar pessoa e o Cesar nadador. Como nadador, consegui separar muito bem todos os problemas que sempre tive na minha vida e chegar atrás da baliza para tirar o melhor. Mas como pessoa é difícil ver alguém que você conversava e de repente não quer nem te dar “oi”.
Desafio maior que uma final olímpica
Ninguém faz ideia do que passei. Ninguém tem noção da magnitude que foi isso aqui. Foi um desafio mais difícil que a final olímpica, mais difícil que qualquer coisa que passei na minha vida. Mais uma vez, consegui sair vitorioso. Mesmo com uma adversidade dessas, consegui passar por cima e tirar essas duas medalhas de ouro. Posso dizer que, com 24 anos, já passei por tudo que o esporte pode oferecer, já passei por todos os tipos de pressão, e isso só me dá mais confiança para continuar nadando.
natação jason dunford 50m borboleta (Foto: agência AFP) 
Dunford protesta contra Cesar Cielo após os 50m
borboleta em Xangai
O maior orgulho
Esta semana foi um desafio nunca visto na natação do Brasil, talvez até na natação mundial. Foi uma semana de muita luta, de muita superação. Acho que é a primeira vez que eu olho para trás e tenho realmente orgulho de tudo o que passei, de tudo o que consegui superar. É lógico que houve alguns momentos de que tive orgulho, como a medalha de ouro olímpica, como o título mundial. Mas esta foi um orgulho de ter superado um negócio que nunca imaginei enfrentar.
Mais preparado
Mentalmente, foi um desafio que até me deu confiança para passar por cima disso. Agora que passou, e não tem mais como voltar atrás, tem que pegar os positivos de tudo isso. Eu me sinto um cara muito mais preparado, muito mais confiante do que antes. Não foi fácil estar atrás da baliza essa semana. Foi muito difícil e espero que isso sirva não só para natação, mas para qualquer pessoa que esteja acompanhando a minha carreira, acompanhando o esporte, para a vida de todos os brasileiros. Acho que a gente tem uma mentalidade, às vezes, de aceitar as coisas, abaixar a cabeça.
A campanha
O Brasil sai daqui com quatro medalhas de ouro, incluindo a da Ana Marcela. É uma campanha melhor que a de Roma. Eu, pessoalmente, queria muito vir para cá disputar as três medalhas. Consegui duas de ouro. Essas duas de ouro estão com um peso maior do que todas as outras que tenho na minha coleção.
Novos valores
Evoluí como atleta, já vinha um pouco mais forte do que era antes. Como pessoa, mudei a percepção dos valores. Hoje, dou valor para coisas diferentes de antes. É como se eu tivesse tido um ataque cardíaco. Acordei agora e tenho que aproveitar o que realmente é importante para mim na vida. A gente nunca sabe o que vai acontecer no dia seguinte.
Cesar Cielo ouro nos 50m livre Mundial de Xangai natação (Foto: Getty Images) 
Cielo nos 100m livre: quarto lugar
O ouro nos 50m livre
Eu achei que a prova foi bem disputada, com grandes atletas na final. Foi uma surpresa não ter o Fred Bousquet. Acho que ele seria um grande desafiador para a medalha de ouro. Foi uma prova tensa, todos estão de parabéns. É muito bom para mim conquistar essas duas medalhas de ouro, repetindo a campanha de Roma. E mais o quarto lugar nos 100m livre, que me deixou contente também. Isso aqui foi para realmente fechar a competição com chave de ouro.
Quarto lugar nos 100m livre
Acho que naquela situação (Pan-Pacífico, em 2010) eu nadei mal mesmo. É muito difícil você bater na borda e aquilo não é o que você pode fazer, ou você errou alguma coisa. Passei o semestre inteiro com muita dificuldade nos 100m livre. Na verdade, acho que desde 2009 não tenho nadado bem os 100m livre. Mas aqui fiquei satisfeito com a postura que tive, com o jeito como nadei. Não dava para ter sido melhor que aqueles 48s01. Talvez um 48s00, se fosse possível, para empatar.
Seleção brasileira
Acho que a seleção inteira não vai ser mais a mesma. Todo o grupo do Brasil, hoje, é um grupo diferente. Eles conviveram o dia a dia comigo, viram que não foi fácil. Mas estou muito contente de olhar para os caras agora, e eles verem que ainda podem contar comigo. Mesmo na parte mais difícil de qualquer situação, vou representar o Brasil da melhor forma que puder.
Futuro
Foi uma experiência que, depois de tudo passar, posso dizer que adicionou muito. Deixou minha parte mental e minha parte como pessoa muito diferentes de como era antes. A partir de agora é olhar para as Olimpíadas, olhar para os Jogos Pan-Americanos, deixar tudo para trás, tirar só os ensinamentos e virar a página. Não quero mais falar sobre isso de jeito nenhum.
Rio-2016
Eu não pretendo parar antes de 2016 de jeito nenhum. Até os Jogos Olímpicos do Brasil, pretendo continuar fazendo o que venho fazendo. Foram quatro anos ganhando medalha de ouro nos Mundiais. Espero que a gente continue nessa sequência. Eu sei que ninguém ganha para sempre, mas ninguém passa pelo o que passei também. Então, vou usar isso como motivação para mim nos treinos.

bestcam 18 30 07 2011

BEST CAM: CIELO BICAMPEÃO MUNDIAL

NÚMERO 1


Orgulho do Brasil


Bi campeão mundial


Uma vitória incontestável. Liderança de ponta a ponta, César Cielo mostrou que está a frente da velocidade no mundo. Foi a maior diferença da história entre o primeiro e o segundo colocado numa prova de 50 livre do Mundial.
Cielo é o segundo bi campeão mundial dos 50 livre da história (o primeiro foi Tom Jaeger nas duas primeiras edições do Mundial). Melhor tempo do mundo este ano, Cielo é absoluto.
Mais do que orgulho do Brasil, orgulho do mundo!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Fratus sonha com outra dobradinha na final: ‘Não tenho nada a perder’

Brasileiro espera que melhor tempo na semi dos 50m livre aumente a pressão sobre os rivais e quer repetir bom resultado ao lado de Cesar Cielo no sábado

No troféu Maria Lenk, Bruno Fratus já tinha conseguido deixar Cesar Cielo para trás. No Mundial de Xangai, o cenário era bem diferente, mas ele repetiu a dose na semifinal dos 50m livre, na manhã de sexta-feira. Aos 22 anos, o brasileiro que surpreendeu todo mundo na piscina do Centro Esportivo Oriental quer mais. Franco-atirador, o estreante em Mundiais promete ir para o tudo ou nada e sonha com mais uma dobradinha brasileira ao lado do companheiro de seleção e recordista mundial da prova. Na briga por medalhas, os dois caem na água por volta das 7h deste sábado, no horário de Brasília.
bruno fratus cesar cielo mundial de natação 100m livre (Foto: Satiro Sodré / AGIF)Fratus e Cielo: expectativa para a final dos 50m livre, na manhã deste sábado
- Não tenho nada a perder. Nadei a prova mais rápida da minha vida, estou entrando como desafiante. Então, pode ser que aumente a pressão para os outros nadadores – diz Fratus, após vibrar com o tempo de 21s76, o melhor de sua carreira.
Fratus bateu Cielo no Maria Lenk deste ano na final dos 100m livre. Em Xangai, no entanto, não conseguiu nem se classificar para as semifinais da prova. Ainda assim, o nadador está confiante para a disputa na distância mais curta.
- Focado a gente sempre está. Os 50m livre sempre foram a minha prova, então é muito mais fácil de nadar. Não nadei tão bem os 100m por questão de ritmo, alguma coisa na temporada não favoreceu os 100m. Mas favoreceu os 50m – explica.
Os dois brasileiros terão fortes adversários nas raias ao lado. O principal deles é o americano Nathan Adrian, algoz de Cielo no Pan-Pacífico, em Irvine, no ano passado. O francês Alain Bernard e o italiano Luca Dotto são outros dois destaques. Cielo, que já ganhou o ouro nos 50m borboleta em Xangai, sabe que a hora é de se superar.
- É difícil dizer que todos estão disputando medalha. Mas pelo menos uns cinco, seis na final estão como grandes candidatos ao pódio. A gente vai ter que baixar o tempo, a concentração agora é fazer abaixo de 21s60 – disse Cielo.

Fratus fez um 21!

Mundial dos Esportes Aquáticos, Shangai 2011

Alô Embratel, agora é mandar um “cachezinho” para o rapaz aí que merece!

BEST CAM: Bate-papo com coach Arilson Soares

Daynara arranca a primeira semifinal feminina do Brasil.

Com 'sorte no jogo', Daynara arranca a primeira semifinal feminina do Brasil

Brasileira se classifica em 14º nas eliminatórias dos 50m borboleta: 'Desta vez não engoli água. Mas, se eu engolir água e entrar para a final, está valendo'

Daynara de Paula foi a única brasileira a ir ao Mundial de Xangai com índice individual. Depois de parar nas eliminatórias dos 100m borboleta, ela arrancou uma vaga nas semifinais dos 50m. Marcou 26s60 e passou na 14ª das 16 vagas.
Se eu engolir água e entrar para a final, está valendo."
Daynara
A primeira colocada foi a sueca Therese Alshammnar, recordista mundial. Ela cravou 25s68. Nesta sexta-feira, a partir das 7h, as nadadoras vão buscar vagas na decisão.
- Eu não gostei, mas estou na semifinal. Tenho chance de melhorar, é só prestar atenção. Tenho que melhorar muito para pegar final, mas cinquentinha é loteria. E eu acho que estou com sorte no jogo e azar no amor - disse a brasileira.
Daynara, que vira e mexe sai da piscina dizendo que engoliu água, brincou ao fim da prova.

- Tenho que respirar menos. Mas ainda nem conversei com o meu técnico. Acho que respirei umas cinco vezes. Desta vez não engoli água. Mas, se eu engolir água e entrar para a final, está valendo.
Daynara de Paula durante eliminatória dos 50 metros borboleta (Foto: Satiro Sodré / Divulgação Agif)Daynara de Paula arranca uma das 16 vagas nas semifinais.

RIVAIS NA COLA DE CIELO!

Cielo lidera nos 50m livre, empatado com dois rivais, e Bousquet fica fora

Bruno Fratus também se garante nas semifinais do Mundial de Xangai. Briga por vaga na decisão será nesta sexta-feira, a partir das 7h (de Brasília)

Cesar Cielo só queria tirar o tal piano das costas. Só queria cruzar a piscina do Centro Olímpico Oriental com sua “velocidade natural”. Era enfim a prova de que mais gosta, em que se garante: campeão olímpico, campeão mundial e recordista mundial dos 50m livre. Depois de ver a medalha nos 100m escapar por um centésimo, o brasileiro, sem precisar fazer força, voltou a ser o mais rápido. Mas não sozinho. Cravou 22s03, deixou bem para trás os principais adversários - Alain Bernard, Fred Bousquet, Brent Hayden e Roland Schoeman - e passou em primeiro, empatado com o americano Nathan Adrian e com George Bovell, de Trinidad e Tobago, às semifinais do Mundial de Xangai. Bruno Fratus, em 13º, também se garantiu. Nesta sexta-feira, às 7h, os brasileiros vão buscar uma vaga na decisão.

Bousquet, por sinal, amargou uma 21ª colocação: eliminado. E Cielo demorou a acreditar.

- Ele está fora das semis? Tem certeza? Vocês viram certo? - perguntou aos jornalistas.
Cesar Cielo na prova dos 50m livres em Xangai (Foto: Satiro Sodré / Divulgação Agif) 
Cielo faz o melhor tempo na prova dos 50m livre.
Antes de os homens mais rápidos do mundo entrarem em ação, um nadador da Mauritânia protagonizou uma cena inusitada. Hamza Labeid se antecipou e caiu na água, sem autorização. Foi eliminado da prova.
Dos favoritos, Cielo foi quem primeiro entrou na piscina. Estava na 14ª bateria, na raia cinco, ao lado de Bruno Fratus, na quatro. Liderou do início ao fim, com o companheiro na cola: tocou em primeiro, com 22s03. Fratus foi logo atrás, com 22s26.

- Eu tenho que passar sem respirar. Hoje, eu não me concentrei muito nisso porque não estava querendo forçar muito meu corpo para dar uma recuperada da final (dos 100m livre). Acho que respirei até duas vezes seguidas. Estava meio displicente no final. Mas, na semifinal, tem que sair 21s7 para garantir uma vaga legal na final, não correr nenhum risco.
Agora era necessário esperar. Na bateria seguinte estavam o francês Alain Bernard e o canadense Brent Hayden. Mas foram outros dois que assustaram: o americano Nathan Adrian e George Bovell, de Trinidad e Tobago. Cravaram o mesmo tempo que Cielo. Bruno, a essa altura, era oitavo.
Cesar Cielo na prova dos 50m livres em Xangai (Foto: AP) 
Cielo diz que foi displicente no fim.
Na última série, o francês Fred Bousquet e o sul-africano Roland Schoeman despontavam como favoritos. Bousquet, amigo de Cielo, apoiou a decisão do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) de apenas dar uma advertência ao brasileiro pelo uso de doping. Bernard disse que a pena foi branda. Schoeman não se conformava.
Na piscina, tanto Bousquet quanto Schoeman decepcionaram. O francês nadou em 22s38: 21ª posição, eliminado. O sul-africano passou raspando: 22s32, 15º. Bernard, que tinha cravado 22s19, caiu para décimo.

- Segurar nos 50m não dá, mas dá para baixar um pouquinho a frequência, não ir na máxima velocidade. Não foi o que eu podia fazer, estava em uma dosagem bem confortável mesmo. Mas acho que todo mundo fez isso também. Então, não dá muito para dizer - disse Cielo.

Bruno Fratus, que venceu Cielo nos 100m durante o Maria Lenk, em maio, comemorou o resultado nos 50m em Xangai.
- Essa sempre foi a minha prova. É bem mais fácil de nadar. Os 100m eu acho que a gente acertou demais no Maria Lenk e fiquei um pouquinho mal acostumado. Por isso saí dos 100m meio cabisbaixo. Vocês também (imprensa) fazem a cabeça que é uma beleza. Escrevem um bando de coisa, aí a gente fica se achando, pensando que nada muito - brincou.

MUNDIAL
THIAGO PEREIRA CANSA NO FIM, MAS VAI À FINAL DOS 200M MEDLEY


ELIMINATÓRIAS DOS 200M MEDLEY: THIAGO PEREIRA

















Thiago Pereira será o representante do Brasil na final dos 200m medley no Mundial de Xangai. Nesta quarta-feira, o atleta garantiu sua vaga ao completar a semifinal em 1min58s27, o que lhe rende o quinto melhor tempo. A decisão está marcada para 7h13 desta quinta-feira (horário de Brasília) e o brasileiro nadará na raia dois. Líder em maior parte de sua bateria, Pereira cansou nos 50m finais, no estilo livre. Nesta parte, foi superado pelo húngaro Laszlo Cseh e pelo austríaco Markus Rogan, também classificados.
"Estou me sentindo bem na água e preparado para subir ao pódio. O cansaço bateu, mas tenho um dia para me recuperar", falou Thiago. "A semifinal é sempre uma etapa complicada de qualquer evento e me saí bem. No final segurei o ritmo, já que sabia os tempos da bateria anterior"
Em busca do ouro inédito, Thiago terá a concorrência de ninguém menos que Ryan Lochte e Michael Phelps. Os norte-americanos, que conquistaram medalhas de ouro nos 200m livre e 200m borboleta em Xangai, respectivamente ficaram nas primeira e segunda colocações. Lochte cravou 1min56s74 e estará na raia quatro.
Quarto colocado em Roma há dois anos em Melbourne há quatro, Thiago busca quebrar o jejum de pódios em competições de primeira linha. Campeão da Copa do Mundo em 2010 e maior medalhista em uma só edição dos Jogos Pan-Americanos, no Rio 2007, o atleta ainda não brilhou quando teve que enfrentar os maiores nomes da natação mundial.
Já Henrique Rodrigues, outro brasileiro presente na semifinal dos 200m medley, foi eliminado. Ele completou sua bateria em 2min00s04 e ficou apenas na 14ª colocação.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A um ano de Londres 2012


 Jogos Olímpicos, Londres 2012
Imagem liberada da piscina olímpica do próximo ano.

BEST CAM: Direto da coletiva de Ryan Lochte

POSTAGEM 1.000 - ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA FAP (FEDERAÇÃO AQUÁTICA PERNAMBUCANA)

Perfil:

Francisco de Assis Dantas Moreira
Nascido em 22/09/59
Engenheiro Civil – UFPE
Engenheiro de Segurança no Trabalho – UFPE
Atleta federado a FAP pelo Santa Maria (registro em livro)
Pai de Victor Couto Moreira, ex-atleta no qual nadou durante 7 anos.
Diretor de natação do SPORT CLUB DO RECIFE e AABB Recife por três anos respectivamente.

1° = Presidente Chico Moreira, quanto tempo esta frente da FAP?
Ingressando na FAP em 2005, 7 anos de gestão.

2° = Quais as perspectivas da natação pernambucana para esse II semestre de 2011?
Nosso principal objetivo o Troféu Chico Piscina no qual iremos a Mococa com nosso melhor nas categorias Infantil e Juvenil.

3° = Em relação ao nosso quadro de arbitragem, como você classificaria o trabalho de todos e como se sente trabalhando ao lado de um dos melhores árbitros/FINA do Mundo (Marcelo Falcão)?
Nossa arbitragem comandada por meu Vice-presidente Prof. Marcelo Falcão e como diretor de arbitragem Prof. Gildésio Brito só nos dá orgulho, mas a preocupação com reciclagens e atualização das normas da FINA é uma constante. 

4° = Existe um trabalho voltado a curto ou médio prazo para massificar nossa natação competitiva? O que fazer para atrair mais competidores e entidades a se filiar?
No ano passado encaminhei ao Ministério dos Esportes um Projeto da Lei de Incentivo ao Esporte que contemplava 400 crianças da rede pública de ensino, mas infelizmente não recebemos uma resposta positiva.
Acho que interiorizar a natação é meu objetivo, mas não é fácil realizar este meu sonho sem o interesse governamental.

5° = Qual a perspectiva para Mococa esse ano, tendo em vista que divulguei com exclusividade em meu blog, que a natação pernambucana foi a primeira a montar sua equipe. Qual foi nossa melhor classificação, da pra superar?
Temos na Seleção 12 atletas com tempos de finais do ano passado, como você sabe que o Troféu Chico Piscina é Internacional para as finais, assim é muito forte essa excelente competição, mas iremos mais uma vez que tenho certeza que os atletas ficarão mais motivados para seus compromissos futuros.
Em 2005 foi minha primeira participação no Chico Piscina e ficamos no 4º lugar Geral com Leonardo Guedes, Etiene Medeiros, Rebeca Peppi e mais 29 atletas no qual me apaixonei por esse grande evento nacional.

6° = O que senhor diria nesse momento ao empresariado de nosso Estado, qual a visibilidade que a nossa natação nesse caso a seleção Pernambucana daria em retorno de mídia se viesse a ser patrocinada por alguma empresa?
A olimpíada no Brasil em 2016 nos dará responsabilidade e dividiremos com os empresários e governantes para a massificação de todos os Esportes no Brasil e a natação terá um papel importante na inclusão social, ampliando a participação daqueles que hoje não têm oportunidade de praticá-la.    

7° = Chico, Presidente da FAP, porque ama a natação ou porque ama Pernambuco?
Agora você bateu forte! Confesso que é uma espécie de Amor mesmo e às vezes me pergunto – será que toda essa dedicação será reconhecida um dia? Por muitas vezes me arrepio e um nozinho na garganta me pega de surpresa em eventos importantes que realizamos com sucesso. Mas não posso esquecer-me da minha equipe; Marcelo, Gildésio, Marquinho e Maria que sem eles não faria nada.

8° = Chico, até mesmo os críticos reconhecem sua incansável luta pela natação Pernambucana, acredito que hoje mais de 90% dos Treinadores e Atletas tem convicção que sua gestão trouxe bons ares para natação do nosso Estado, qual a mensagem que você gostaria de deixar nesse momento á todos?
Fico feliz por esse reconhecimento e agradeço a Deus por receber essa missão de trabalhar amando essa causa nobre, A NATAÇÃO.
Agradeço a minha família pelo apoio, compreensão e consolo nas horas difíceis.

Procure amar o que faz, o coração agradece.

Nota do Blog ->
É com imensa satisfação que o Blog Rolnan Esporte faz sua (1.000) Milésima postagem com o Presidente da Federação Aquática pernambucana (FAP), Sr. Francisco “Chico” Moreira. A partir desse momento iniciamos um novo ciclo de divulgação, postagem e entretenimento, estamos felizes em poder compartilhar com todos essas 1.000 postagens e pouco mais de 80.000 acessos, o segredo do nosso sucesso é você, que foi curioso, que buscou fatos e matérias em tempo real, o dinamismo foi marca registrada do Blog Rolnan Esportes.

A todos, agradecemos de coração, continuem acessando nosso Blog e fique sabendo tudo sobre Natação, Triathlon, Corrida de Aventura e Ciclismo. Abaixo estamos colocando as 5 postagens mais acessadas entre as 1.000 lançadas.

Deus abençoe a todos.



Postagem 1 = Lançamento do Projeto Tamyres Domingos/Water Planet “Campeões do Amanhã” em Brasília Teimosa (3.979 acessos).


Postagem 2 = As 10 maiores séries do mundo feitas em treinamento de natação Ex: 20x1.000 (3.541 acessos).


Postagem 3 = Caso (Doping) do Nadador Cesar Cielo e sua absolvição (3.122 acessos).


Postagem 4 = Tamyres vai trocar de camisa (Jornal do Commercio), matéria sobre a Triatleta Tamyres Domingos x Secretaria de Esportes  Obs: “Caso resolvido” (2.996 acessos).


Postagem 5 = 30 minutos de entrevista ao vivo com o Técnico Rolnan no Programa Cabeça de Área (1.849 acessos).

quarta-feira, 27 de julho de 2011


Esse espaço está reservado à postagem de número 1.000!
Entrevista com o Presidente da Federação aquática pernambucana “FAP”, Sr. Francisco Moreira (Chico).
Não percam!!!!

POSTAGEM 999 - TÁ CHEGANDO A HORA "ROLNAN ESPORTES"

Felipe França acerta a saída e conquista o Mundo

 












Shangai 2011 Só faltava isso para Felipe França. Recordista mundial em 2009, vice campeão mundial de longa no mesmo ano. Campeão do Pan Pacífico em 2010, líder do ranking mundial de 2010, campeão mundial de curta em Dubai. Felipe completa o ciclo se sagrando no maior nadador dos 50 metros nado peito ao conquistar o ouro em Shanghai.
E fez corrigindo o que lhe deixou para trás ontem: a saída. O sul-africano Cameron Van den Burgh havia saído melhor e a vantagem de 5 centésimos foi a diferença. Hoje, a saída foi perfeita, Felipe esteve sempre na frente e se sagrou campeão mundial.

Orgulho do Brasil



terça-feira, 26 de julho de 2011

‘Pedra de gelo’, Fratus quer ser frio para encarar Cielo & cia em Xangai

Nadador de 22 anos faz sua estreia em mundiais dois meses após vencer o campeão mundial dos 100m livre; os dois se reencontram nesta terça-feira

Bruno Fratus natação Open de Paris (Foto: Satiro Sodré / AGIF) 
Bruno Fratus: reencontro com Cielo na noite desta
terça, em Xangai.
Quando bateu na borda da piscina antes de Cesar Cielo na prova de 100m livre do Troféu Maria Lenk, em maio, Bruno Fratus conseguiu também a maior vitória mental de sua carreira. Foi assim que ele definiu a façanha de superar o atual campeão mundial. Em sua estreia em Mundiais, em Xangai, na noite desta terça-feira, o nadador espera usar mais uma vez a frieza para encarar o maior nome da natação brasileira e outros fortes rivais estrangeiros.

- Minha expectativa é nadar rápido, cair na água confiante, manter a frieza. Acho que é muito importante você chegar nessa hora aqui e resolver tudo com bastante frieza. Acho isso é fundamental. Já viu a cara do Phelps quando ele entra para nadar? O Cesar e o França também são muito bons nisso – comentou Fratus.

Aos 22 anos, ele acredita ter encontrado o equilíbrio necessário para entrar totalmente concentrado em provas importantes. Mas o atual campeão brasileiro dos 100m livre lembra que nem sempre foi assim.

- Na hora que é para ser, eu consigo manter a frieza. Mas já passei muito perrengue quando era mais novo. De chegar morrendo de medo para competir. São coisas que a gente aprende. Eu já tomei bastante surra até colocar na minha cabeça que você tem que chegar na competição uma pedra de gelo.

Encarar grandes nomes da natação mundial não o assusta mais. Fratus trata com naturalidade o fato de nadar ao lado do recordista mundial e outros destaques internacionais. Nos 100m livre de Xangai, ele terá outros rivais de peso, como o francês Fabien Gilot e o canadense Nathan Adrien.

- Vai ser o meu primeiro Mundial, vou chegar aqui para nadar rápido, fazer o que gosto de fazer. Friozinho na barriga sempre dá. Mas a diferença é até aonde você vai deixar ele ir. Depois que você chega no nível desse pessoal, você começa a ver que todo mundo é humano – destacou.

A rivalidade entre Cielo e Bruno Fratus ganhou força depois do Maria Lenk. Fratus faz questão de deixar claro, porém, que a “briga” é apenas dentro d’água e torceu pela absolvição do companheiro de seleção por caso de doping.

- O Cesar foi absolvido (de caso de doping) e isso deu outro ânimo para a galera. Todo mundo ficou muito feliz com o resultado. Estava todo mundo torcendo para dar certo.
Transolímpica: unindo regiões da Cidade Maravilhosa
Fonte: Cidade Olímpica

Os 26 quilômetros que ligarão o bairro de Deodoro à Barra da Tijuca através do corredor Transolímpica do BRT (Bus Rapid Transit) farão mais do que encurtar o tempo de deslocamento dos atletas entre as instalações dos Jogos de 2016.
O projeto, que está entre os compromissos assumidos pela Prefeitura do Rio com o Comitê Olímpico Internacional (COI), prevê a duplicação de importantes vias, como a Avenida Salvador Allende e as estradas de Curicica e do Guerenguê, bem como a abertura de novos caminhos entre o Maciço da Pedra Branca com a construção de quatro túneis e novas ruas. O corredor seguirá o modelo de outros dois em construção – o Transoeste e o Transcarioca -, com vias de três pistas, cada – uma delas reservada aos ônibus articulados.
Além de facilitar a vida de motoristas e passageiros de ônibus, o BRT Transolímpica será integrado ainda aos trens da Supervia em Deodoro e Magalhães Bastos, criando uma opção hoje inexistente entre esses meios de transporte. Outro ponto de integração será no trevo entre a Estrada dos Bandeirantes e a Avenida Salvador Allende, por onde passará o BRT Transcarioca, ligação entre a Barra da Tijuca e o Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Considerada a maior obra da cidade nos últimos 30 anos, o BRT Transolímpica vai criar novas vias e cortará os bairros da Barra e Recreio dos Bandeirantes, Camorim, Curicica, Taquara, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Vila Militar e Deodoro, beneficiando diretamente mais de 400 mil moradores da região, e se consolidando como uma opção à Linha Amarela para quem vive na Baixada Fluminense e nas regiões às margens da Avenida Brasil.
Como nos outros corredores BRT, o transporte dos passageiros será feito em ônibus articulados com capacidade para 160 passageiros ou mais, cada um. Todos os veículos – cerca de 60 – terão ar-condicionado, portas no lado esquerdo e piso elevado a 90 centímetros do solo, alinhado com as estações, que serão 18 entre a Barra e Deodoro, além de total acessibilidade a pessoas com deficiência.
Por onde passar, o BRT Transolímpica promoverá também a urbanização do entorno. Serão construídas pistas em nível, nove quilômetros de ruas marginais, calçadas largas e travessia prioritária de pedestres, além de ciclovias e bicicletários nas estações. A expectativa da Prefeitura é de que todas as obras fiquem prontas em 2015.