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'Sinto que voltei a ser o velho eu', diz Phelps, a oito meses de Londres-2012

Garoto-propaganda de xampu anticaspa, americano recordista de medalhas de ouro em Olimpíadas afirma ter reencontrado a motivação para nadar

 Nova York, EUA

 

Phelps diz que reencontrou motivação para nadar.

Michael Phelps ainda não sabe quantas provas vai competir nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Depois dos oito ouros em Pequim-2008, ele se deu conta de que tinha chegado ao limite. A oito meses das Olimpíadas e recém-contratado por uma marca de xampu anticaspa, ele parece ter resgatado a motivação.
- Sinto que voltei a ser o velho eu. Tenho tantas metas que desejo cumprir, vejo esses oito meses de trabalho árduo. Tenho o resto da minha vida para passar de férias, viajar o mundo, me divertir e fazer o que eu quiser. Estou aproveitando o que eu faço agora, e é assim que deve ser. Ninguém está me forçando a trabalhar, ninguém está me forçando a competir. Encontrei uma forma de tornar a natação divertida outra vez - disse à agência Reuters.
Desde Pequim, Phelps tenta buscar motivação para dar milhares de braçadas na piscina. Ícone global do esporte, fez fortuna com os contratos publicitários, de modo que não é nem pelo dinheiro nem pela fama que ele cai na água.
- Não tem sido fácil. Para que eu seja capaz de algo, preciso dar 100 %, e nos últimos anos, tenho de ser honesto, não dei 100 %. Isso apareceu nos meus resultados, e houve muitas vezes em que eu simplesmente não queria mais - diz o americano, dono de 14 medalhas de ouro olímpicas.
No Mundial de Natação de Roma, em 2009, Phelps participou de seis provas. Ganhou cinco ouros e uma prata, mas estava infeliz. Naquele torneio, ele viu o alemão Paul Bierdemann, representante de uma nova geração das piscinas, derrubar o seu recorde mundial dos 200 metros livre.

 

Diversão pode esperar, diz Phelps.

No Mundial seguinte, disputado neste ano em Xangai, Phelps ganhou quatro ouros e foi derrotado pelo compatriota Ryan Lochte nas finais dos 200 metros livre e 200 metros medley - embora tenha feito o melhor tempo da sua vida nessa última prova.
Inicialmente, ele desanimou, mas isso acabou sendo o impulso que lhe faltava para Londres. Pela primeira vez desde Pequim, ele via um jeito de continuar subindo. Desafiado, voltou a treinar com afinco.
- Essas provas foram definitivamente extremamente frustrantes para mim, mas ao mesmo tempo elas me deram uma motivação que eu nem poderia pedir. Elas realmente vão me manter vivo e forte, e darão uma chama extra para acender - disse Phelps.