domingo, 4 de novembro de 2012


CONGRESSO MUNDIAL DA FINA

RESUMO DIRETO DE MOSCOU

Logo oficial da FINA
UM SUCESSO ABSOLUTO
A segunda edição da Convenção Mundial da FINA foi um sucesso absoluto. Em tudo. Desde a abertura oficial, um show de dança e música russa, a organização e administração de todo o evento. Presenças ilustres na abertura do Ministro dos Esportes na Rússia e o Sheikh do Kuwait que é Presidente da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais e o Prefeito da Cidade de Kazan, sede do Mundial dos Esportes Aquáticos de 2015.

SUCESSO EM PRESENÇA
Dos 202 países filiados, 150 estiveram representados na Convenção. Na Clínica Mundial de Treinadores eram 500 treinadores de 92 países. Cada país teve pago pela FINA uma passagem aérea para o Presidente da Federação e outra para um treinador.

SUCESSO NA TV
Em números apresentados pela FINA, 3,5 bilhões de telespectadores assistiram os dois últimos Campeonatos Mundiais dos Esportes Aquáticos. Em Londres, pela primeira vez na história da TV americana, a natação foi o esporte olímpico mais assistido na TV.
Os campeonatos da FINA são distribuídos para 210 países ao redor do mundo.

MUDANÇAS E INOVAÇÕES NOS ESPORTES AQUÁTICOS
PÓLO AQUÁTICO
A FINA pressiona o COI para o aumento de 8 para 12 equipes no pólo aquático feminino, assim igualando o número de equipes masculinas no torneio.

NADO SINCRONIZADO
Novas e mais simples regras estão sendo desenvolvidas para tornar o sistema de pontuação mais simples para compreensão do público.

SALTOS ORNAMENTAIS
As provas de "high diving" entram no programa do Mundial 2013 em Barcelona. Saltos de alturas de 15, 20 metros e até mais para um esporte de altos riscos mas grandes investimentos. Um patrocínio milionário da Red Bull vai garantir a presença do evento bem como o seguro de todos estes atletas para o grande risco que representa.

NÃO AOS 50 ESTILOS
A FINA quer, mas sabe que o Comitê Olímpico Internacional não vai aceitar a inclusão das provas. O número total de atletas 10.500 para os Jogos Olímpicos não pode ser modificado e por conta disso as chances das provas de 50 estilos entrarem no programa Olímpico continuam as mesmas: nenhuma!

ESPORTE É NEGÓCIO
Não foi uma, nem duas, mas muitas vezes citadas durante a Convenção. Quase que 80% das palestras apresentadas na Convenção da FINA foram tratando nosso esporte como um negócio. A FINA não esconde a nova estratégia e conclama todas as Federações para atuarem nesta mesma linha. Até mesmo uma acusação de um diriginte filipino de a FINA ter apenas uma empresa fabricante de plataforma de saltos foi apresentada na Convenção. A resposta de Cornel Marculescu foi ainda mais intrigante: "Faça um campeonato em seu país que você ganha um destes trampolins".

ÁSIA É O FUTURO
O Mundial de Curta em 2014 em Doha no Catar. Os Mundiais dos Esportes Aquáticos de 2019 e 2021 têm três países candidatos: China, Coréia do Sul e Japão. A Ásia se mostra mais organizada e principalmente mais arrojada nos investimentos em organização de eventos.

SEDIAR UM EVENTO É PROMOVER UM SHOW
Todas as apresentações de sedes passadas e de futuras, todas elas foram claras no sentido da necessidade de um programa paralelo para a organização de um evento FINA. A coordenadora de natação de Londres 2012 ainda foi mais longe determinando que a necessidade da contrata;ção de um profissional na área específica de shows é fundamental para o sucesso de um evento FINA.

PISCINAS PROVISÓRIAS É O FUTURO
As empresas estavam todas lá na Feira da FINA. E todos os futuros candidatos a sedes tem em seus planejamentos a utilização das piscinas temporárias. Sediar um Mundial com piscinas definitivas é um dos piores investimentos a serem feitos no atual cenário dos esportes aquáticos.

PISCINA EM QUALQUER LUGAR
Na praia, num ginásio, numa arena. Agora é a vez de um Estádio de futebol. Em Kazan, Rússia, 2015, o Mundial será realizado com duas piscinas de 50 metros construídas temporariamente dentro do estádio que nem está concluído ainda. Capacidade total de 45 mil pessoas. Vai ser o maior público da história de um evento FINA.

COMBINAR EVENTOS PARA OTIMIZAR
Os Mundiais de Curta serão realizados em combinação com as Convenções da FINA. A cada dois anos os dois serão realizados em conjunto no mês de dezembro. Os Mundiais de Esportes Aquáticos e os Mundiais Masters serão realizados na mesma sede com uma semana de intervalo entre os dois eventos. A combinação vai ser determinante para o sucesso financeiro do investimento que tem sido feito na organização destes eventos.

SOLIDARIEDADE OLÍMPICA
138 nadadores tiveram o apoio da Solidariedade Olímpica no período de 2009 a 2012. 82 no sexo masculino e 56 no feminino que junto com treinadores e associações somou um total de 5 milhões de dólares de investimento neste projeto. Destes 138 nadadores, 1 medalha de ouro, 1 de prata e 13 finais alcançadas em Londres. Detalhe que não faz parte do projeto a conquista de medalhas nem as finais, é apenas consequência do trabalho.

COPA DO MUNDO UM FRACASSO OU UM SUCESSO
Cornel Marculescu, Secretário Geral da FINA, diz que é um sucesso. Piscinas e sedes excelentes, condições financeiras perfeitas e tudo como deveria estar. Só faltam os artistas! Só? Marculescu coloca a culpa nas Federações em não enviar seus melhores nadadores para as Copas do Mundo. E promete novas investidas em melhores condições financeiras que serão apresentadas na reunião marcada para dezembro com novas oportunidades para ter os melhores atletas do nosso esporte na Copa do Mundo.

CÂMERAS NÃO!
Diferente da grande maioria dos esportes que se rendeu as câmeras para melhor análise do esporte, a natação está caminhando cada vez mais longe de ter as filmagens como parte da arbitragem. O que esteve bem próximo de acontecer há alguns anos, agora está perto do impossível.
Segundo Marculescu: "não faz sentido ter câmeras subaquáticas apenas para analisar um só estilo", no caso o nado peito.

O FUTURO DOS REVEZAMENTOS MISTOS
Incluídos nos Jogos Olímpicos da Juventude e agora na Copa do Mundo, os revezamentos mistos deverão fazer parte do programa dos Mundiais. Quando isso vai acontecer será determinado nas próximas reuniões do Bureau da FINA.

MUDANÇAS NAS REGRAS - COSTAS
A inclusão de um novo acessório na saída de costas foi solicitada por Aaron Peirsol. Ele faz parte do Comitê de Atletas da FINA e que alegou disparate no fato da inclusão da parte traseira para a saída de bloco o que favoreceu os atletas e não houve a mesma intenção com os nadadores de costas. O acessório ainda em pesquisa e estudo foi desenvolvido pela Omega e será apresentado para análise na próxima reunião da Comissão Técnica da FINA da qual o brasileiro Ricardo de Moura faz parte.

MUDANÇAS DE REGRAS - PEITO
É sabido e reconhecido pela FINA o problema com o nado de peito. A entrada na água e múltipla pernadas vai gerar uma nova discussão que tem três diferentes opções para o futuro. A primeira delas é deixar como a regra está. A segunda é eliminar por completo as pernadas de borboleta voltando o estilo a ser o que era antes de 2005. E por último é criar uma zona livre até os 15 metros onde os nadadores poderiam fazer o movimento que quisessem na parte submersa.
Isto só será deliberado no Mundial de 2013 e estará na regra a partir de 2013-2016.

ÁGUAS ABERTAS
A nova prova de equipes é uma das esperanças de sucesso para o futuro. A FINA identifica que o esporte tem crescido e apresentou números onde tanto o Circuito da Copa do Mundo como o Grand Prix aumentaram em número de participação nos últimos anos. A FINA ainda busca a inclusão de pelo menos uma prova na Oceania e outra na África, ainda fora do calendário da modalidade.
Outro número que a FINA está a brigar é por mais vagas olímpicas para a modalidade. 25 para cada sexo é considerado muito pouco pela entidade. 

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