Antenados, Cielo e Albertinho gostam de testar novas tecnologias no treino
‘Tudo o que sai de novo a gente quer comprar’, afirma o campeão olímpico
- O Albertinho gosta mais de ‘brinquedos” do que os americanos. Tudo o que sai de novo a gente quer comprar. A gente testa e, se não dá certo, dá para alguém. Nós gostamos de experimentar bastante, desde um material como um pé de pato novo até um livro – contou Cielo.
Cesar Cielo gosta de testar novidades em equipamentos de treino, como prancha.
Com a proibição do uso dos maiôs tecnológicos, no ano passado, a natação voltou ao ser um esporte que, teoricamente, que não precisa de muitos equipamentos modernos. As bermudas voltaram a ser vistas na piscina e, além dela, só mesmo os óculos e a touca acompanham o nadador durante as provas. Ainda assim, produtos modernos utilizados em treinamentos podem ajudar na evolução dos atletas.- Quando vejo alguma coisa que pode ajudar em algo que já estava pensando, eu compro. Por exemplo, estou nadando de mão fechada para depois abrir a mão e sentir mais o apoio da água. Nos EUA, a gente viu um “hand pedal”. Ele tem uma bolha, que você passa e não pega água nenhuma. É melhor isso ou só fechando a mão resolve? Então, posso experimentar uma coisa dessas para saber. Eu gosto – disse o treinador.
Campeão olímpico faz força em treinamento físico, com auxílio de um elástico.
Alguns equipamentos, no entanto, de tão criativos chegam a ser estranhos e engraçados. Mesmo para Albertinho, sempre antenado nas novidades, um aparelho usado pelos americanos nos Jogos de Guadalajara tem intrigado os técnicos.- Hoje eu vi uma coisa estranha, que até agora não sei para que serve. A americana Elizabeth (Pelton) estava treinando costas e o treinandor estava com uma vara com uma espuma na ponta. E, toda vez que ela vinha com o braço, ele batia aquilo não mão dela. Foi assim os 50m inteiro, em todas as braçadas. Não sei se ele queria empurrar o braço dela mais para fora - comentou.
Cielo gosta de novidades.
Mas não é qualquer nadador que gosta de ficar experimentando novos equipamentos. Um dos principais nomes da história da natação brasileira, Gustavo Borges não gostava de sair de sua rotina.- Cielo é até bem tolerante. O Gustavo era aquela coisa quadrada. Você vinha com uma coisa nova, ele já fazia cara feira. O Cesar gosta. Mas também é aquela coisa: às vezes, você dá uma série de aquecimento e todo mundo gosta mas, se ele não nada bem, no outro dia já fala que não gostou muito. Eu comecei a fazer um trabalho unilateral, para trabalhar um braço, depois o outro. A primeira vez que ele fez não falou nada. Na segunda, falou que sentiu os órgãos mudarem de lugar – contou, às gargalhadas, Albertinho.
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