ROLNAN ESPORTES

Rio 2016: cinco modalidades ainda estão com suas sedes indefinidas

Saltos ornamentais, basquete, hóquei e esgrima fazem pedidos a Comitê Organizador para apresentar propostas alternativas. Rúgbi segue sem casa

A Federação Internacional de Natação (Fina) não foi a única a sugerir ao Comitê Organizador dos Jogos de 2016 uma mudança. Alegando a necessidade de contar com uma piscina exclusiva para o polo aquático durante o evento, a Fina argumentou que as provas de saltos ornamentais precisam ser realizadas em um outro local, sem dividir espaço no Parque Aquático Maria Lenk. O projeto apresentado pelos organizadores, e que está em estudo, é que seja montada uma instalação temporária no Forte de Copacabana. A Federação Internacional de Basquete (Fiba) também solicitou a utilização de um segundo ginásio, além do que será construído no Parque Olímpico. A de esgrima gostaria que o local de provas fosse mudado do Complexo de Deodoro para a Barra, coração das Olimpíadas. Mesma solicitação feita pela de hóquei sobre a grama.

Prefeito Eduardo Paes quer o rúgbi dos Jogos no estádio de Moça Bonita.

As indefinições seguem com o rúgbi. Depois que o Vasco não deu as garantias financeiras para a reforma do estádio de São Januário, a modalidade ficou sem sede. O Engenhão aparece como candidato, mas o prefeito Eduardo Paes faz lobby para que o torneio seja realizado no estádio de Moça Bonita, em Bangu.
De acordo com o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Ricardo Leyser, a Fiba diz que a arena da Barra ficará muito sobrecarregada.
- A quantidade de horas utilizadas, caso seja usado só um ginásio, será muito grande. A Fiba sugeriu outra arena exatamente para facilitar isso e diz que seria mais tranquilo. Parte dos jogos das eliminatórias poderiam ser realizados em Deodoro (capacidade de 5.000 lugares) e assim a esgrima poderia ficar no Parque Olímpico. Seria uma alternativa também para levar mais público para Deodoro, mas isso está sendo discutido. São ajustes na programação - afirmou Leyser.

Por conta do impasse, hóquei na grama ainda não
teve a sua sede definida.

Segundo o secretário, a preferência do governo federal é que o hóquei fique mesmo no Complexo de Deodoro, porque há um trabalho de iniciação esportiva desenvolvido com a comunidade há anos. Nesta terça-feira, durante mais um dia de reuniões com a Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) num hotel da Barra da Tijuca, a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Sílvia Bastos, foi bem clara.
- Lá no Parque Olímpico não vai ser - garantiu.
Sobre os saltos ornamentais, Ricardo Leyser diz que os aspectos técnicos estão sendo analisados com calma. Caso o Forte de Copacabana seja aprovado como nova sede, o secretário ressalta que os custos da instalação temporária seriam pagos pelo Comitê Organizador.
- A localidade é boa, mas temos que saber a viabilidade técnica. Ver a logística da operação esportiva.O projeto foi apresentado e agora está em estudo. O Rio tinha a sua proposta para todas as modalidades, mas as Federações pediram ajustes. Essas serão mudanças de menor impacto.