segunda-feira, 1 de abril de 2013


CBDA obtém liminar na Justiça para adiar retirada do Julio Delamare

Entidade pede para permanecer mais 90 dias no parque aquático, tempo que local da nova sede deverá ficar pronto; Suderj poderá recorrer

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) conseguiu uma liminar na Justiça suspendendo a ordem de retirada do Parque Aqúatico Júlio Delamare. A decisão da juíza Roseli Nalin, da 5ª Vara da Fazenda Pública, foi publicada no site do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no final da tarde desta segunda-feira, e confirmada pelo advogado da entidade, Marcelo Franklin.
A Suderj - Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro - será notificada nesta terça e poderá recorrer da decisão. O prazo de cinco dias para desocupação do local, onde será construído um estacionamento para o Maracanã, terminou nesta segunda. A CBDA pediu pelo menos mais 30 dias para que a estrutura e os 60 funcionários deixem o parque aquático. O prazo ideal, porém, seria de 90 dias, tempo que deverá durar as obras nas salas comerciais no Centro do Rio que abrigarão a estrutura da entidade.
- A CBDA não quer entrar em confronto com a Suderj e acredita em uma solução amigável - disse Marcelo Franklin.
estrutura do Parque Aquático Júlio Delamare (Foto: Lydia Gismondi / GLOBOESPORTE.COM)Parque Aquático Júlio Delamare: CBDA conseguiu prazo maior para deixar o local 
Protesto contra a retirada
Na manhã desta segunda, atletas, técnicos e funcionários no Complexo do Maracanã protestaram contra a retirada. De acordo com a assessoria da Secretaria de Esporte e Lazer, a CBDA foi avisada ainda em janeiro de que deveria deixar as instalações. Presidente da entidade, Coaracy Nunes nega o aviso.
- É mentira. Não mandaram nenhum aviso. O aviso que recebi é um email de quarta-feira (passada, dia 27 de março). Tive quinta, sexta e sábado, na Semana Santa, e hoje (segunda-feira), ou seja, na realidade tive meio dia para sair.
O Parque Júlio Delamare foi inaugurado em 1978 e o nome foi dado em homenagem a um locutor esportivo que foi grande incentivador de sua construção. Ele faleceu cinco anos antes. O local passou por uma grande reforma para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, que custou cerca de R$ 10 milhões.

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