terça-feira, 11 de agosto de 2009

EXEMPLO A SEGUIR...

A primeira visita à Associação dos Deficientes de Peixinhos (Adepe), em Olinda, impressionou a nadadora Tamyres Domingos, de 13 anos. Não bastasse a pouca atenção que os mais necessitados do Estado recebem da sociedade e poder público, o pessoal da Adepe precisava de ajuda com outras coisas, como comida e roupas. Há dois anos, a jovem acompanhou o técnico Rolnan Rosas em uma de suas idas a Peixinhos e, por conta própria, decidiu ajudar. Hoje é embaixadora do projeto e arrecada alimentos e vestuários não só com os colegas de esporte, mas também nos colégios particulares do Recife. Agora, todo mês, faz a alegria de 45 portadores de deficiência (mental e motora) da entidade.A semente foi plantada pelo treinador há sete anos. Todo fim de ano, Rolnan fazia doações à Adepe. Tamyres, convidada para uma dessas visitas, resolveu diminuir o período da entrega. Em vez de anual, ajuda mensalmente. “Ela chegou para mim e disse que de ano em ano era pouco. Tinha 11 anos, mas se responsabilizou em ajudar. Hoje, tem uma carta que lhe dá plenos direitos para falar em nome da Associação”, afirma.Fazer o bem, no caso de Tamyres, revela um lado pouco conhecido da adolescente, uma das melhores nadadoras do Brasil, na categoria infantil. Tímida e de poucas palavras nas entrevistas, transforma-se ao visitar os colégios. Sem cerimônia, entra de sala em sala para fazer os pedidos e conversa com os alunos.Os alimentos também são arrecadados de maneira criativa. O Náutico cede as suas piscinas para banho livre. Para entrar no Parque Aquático e desfrutar de um mergulhinho no Timbu, basta “pagar” com 1 kg de alimento não-perecível. “Eu sempre quis ajudar de alguma forma essas pessoas mais necessitadas. Eu me sinto bem fazendo as distribuições”, afirmou Tamyres, que na última quarta treinou mais cedo no Náutico, pelo qual disputa torneios em todo o País, e entregou a doação deste mês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário