Crise na economia atinge o esporte de base nos Estados Unidos
Colégios e universidades e passam a cobrar taxas de seus atletas. Já o comitê olímpico consegue se recuperar em meio à turbulência
Apenas um mês após o sucesso do maior atleta olímpico de todos os tempos, Michael Phelps, nas Olimpíadas de Pequim, os Estados Unidos entraram em grave crise econômica, o que afetou também o esporte. Em 2008, o ano das oito medalhas de Phelps, o comitê olímpico americano arrecadou R$ 450 milhões. Em 2009, teve 56% a menos de arrecadação com patrocínio, e o prejuízo chegou a R$ 79 milhões.
- O que aconteceu foi um aumento repentino e dramático de gastos. Particularmente em 2008, onde vimos uma quebra do mercado de crédito - explicou Michael Leeds, economista da Universidade de Temple, Filadélfia.
A crise foi grande e chegou ao esporte de base americano. Lá, escolas e universidades são os grandes formadores de atletas. E elas passaram a cobrar taxas de seus atletas para aliviar o prejuízo causado pelo corte de gastos anunciado pelo governo americano.
- Nós vemos o governo desaparecendo como fonte de estímulo. Estou muito preocupado com a aparência do acordo da economia americana. Penso que o acordo de orçamento fez um retorno à recessão. Estou muito, muito pessimista sobre a economia americana nos próximos um ou dois anos - analisou Leeds.
No esporte de elite, o comitê olímpico dos Estados Unidos conseguiu reduzir o prejuízo. Em 2010, se recuperou e teve lucro de R$ 95 milhões. Além disso, já tem garantido um patrocínio até a Olimpíada de 2016, que será disputada no Rio de Janeiro.
- Vemos nosso compromisso com o mercado esportivo como uma estratégia de longo prazo. Então, nós alinhamos a esportes que combinam com a nossa marca e também com esportes que combinam com uma linha específica de produtos. Fazemos o nosso compromisso estratégico em contratos de longa duração - explicou Trudy Hardy, gerente de marketing da montadora de automóveis patrocinadora do comitê.
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