Brasil tem chances reais de medalha em dez esportes; confira dados de toda a delegação
- Cielo, Fabiana Murer e a dupla Juliana e Larissa são alguns do brasileiros com chances de pódio
Os Jogos Olímpicos de Londres começarão em dez dias, e os brasileiros já estão a caminho da cidade-sede. Os 259 atletas do país se dividirão em 27 modalidades, mas quais deles têm chances reais de conquistar medalhas? Baseando-se em resultados recentes, o
UOL Esporte avaliou que a delegação do país têm chances reais de medalhas em pelo menos dez modalidades.
Atletismo, boxe, futebol, ginástica, judô, hipismo, natação, vela, vôlei e vôlei de praia podem subir ao pódio em Londres enquanto em outros esportes o Brasil dificilmente assustará os favoritos. Veja o levantamento abaixo de todas as modalidades e saiba quais são as perspectivas da delegação verde-amarela nos Jogos Olímpicos.
ATLETISMO - MURER E MAURREN LIDERAM DELEGAÇÃO BRASILEIRA
- A brasileira mais próxima da medalha é Fabiana Murer. Ela foi campeã mundial indoor e outdoor em 2010 e 2011, respectivamente. A saltadora tem a segunda melhor marca do ano (4,77 m) e já fez 4,85 m na carreira, marca que pode lhe colocar no pódio. A cor da medalha depende, entre outras coisas, da forma de Yelena Isinbayeva, russa recordista mundial que é a grande favorita da prova.
- Maurren Maggi, ouro em Pequim, precisa melhorar suas marcas recentes para sonhar com uma nova conquista. Sete de suas rivais ultrapassaram a marca de 7 m neste ano, algumas delas mais de uma vez, como a favorita americana Britney Reese. Já a brasileira não salta a mais de 7 m desde 2008, no Ninho de Pássaro.
Por outro lado, a prova é imprevisível e pode não ser tão forte. No Mundial do ano passado, por exemplo, Maurren teria sido ouro se tivesse repetido na Coreia o salto de 6,94 m que lhe deu o ouro no Pan-2011.
Nos revezamentos 4x100 m, tanto masculino quanto feminino, o Brasil está entre os oito melhores tempos do ano e pode surpreender. Mauro Vinicius, do salto em distância, é campeão mundial indoor, mas está longe dos melhores do mundo em competições ao ar livre; é o 37º melhor do ano.
Na Maratona, Marilson Gomes do Santos não é um dos favoritos e está abaixo dos 50 primeiros colocados do ano. Mas o fato de cada país poder competir com no máximo três atletas pode melhorar suas chances, já que existem inúmeros quenianos e etíopes à sua frente. |
BASQUETE - VOLTA DE NENÊ E LEANDRINHO E AS CHANCES DAS MENINAS
- Entre as mulheres, o desempenho recente não tem sido animador. No Mundial de 2010, a equipe caiu na 2ª fase. No ano passado, a vaga veio em um Pré-Olímpico com poucos rivais de peso e o time perdeu o Pan mesmo com as titulares, contra várias equipes mistas. Luiz Cláudio Tarallo, quarto técnico do time em quatro anos, já disse que não espera resultados em Londres, e que trabalha de olho em 2016.
No time masculino, a expectativa é melhor. Pela primeira vez em anos com o time completo, a seleção de Magnano vem de resultados recentes animadores. No Pré-Olímpico, a vaga, inédita desde 1996, veio com direito a vitória sobre a Argentina na fase inicial. No Mundial de 2010, a seleção já havia vendido caro derrotas para EUA e a própria Argentina, algoz da equipe naquela oportunidade. Em Londres, a 1ª fase será fundamental. Se evitar o quarto lugar do grupo e fugir dos americanos, os brasileiros terão pela frente o “jogo da vida” para sonharem com uma semifinal olímpica.
BOXE - UM CAMPEÃO MUNDIAL E A DISPUTA CURTA DAS MULHERES
- O Brasil teve dois medalhistas no Mundial do ano passado. Everton Lopes conquistou o primeiro título da história do país e Esquiva Falcão ficou com o bronze. Só que os dois não são exatamente dominantes em suas categorias. No Pan do ano passado, porém, passaram a competição sem nenhum ouro.
Entre as meninas, a dona dos melhores resultados é Roseli Feitosa, campeã mundial em 2010. De lá para cá ela viu seus resultados caírem, protagonizou uma briga com o técnico em Guadalajara e não é mais favorita. Só que o torneio enxuto pode favorecer as brasileiras, já que com duas vitórias uma medalha já está garantida.
CANOAGEM - POUCAS CHANCES COM TIME DE SÓ TRÊS REPRESENTANTES
- Erlon e Ronilson, dupla brasileira que compete no C2 1000 m, pararam na semifinal do Mundial de Canoagem do ano passado. A vaga olímpica veio no Pan, quando eles foram prata, mas herdaram o direito de ir a Londres dos campeões, que já tinham carimbado o passaporte antes.
Já Ana Sátila, de apenas 16 anos, não foi ao Mundial do ano passado, conquistou a vaga de maneira surpreendente e projeta uma medalha apenas em 2016, no Rio de Janeiro, quando já tiver mais experiência.
CICLISMO - NOVE ATLETAS E UMA FINALISTA DO MUNDIAL DE BMX
- No ciclismo de estrada, a aposta do Brasil é em Murilo Fischer, que foi 19º na mesma prova em Pequim, e compõe a equipe Garmin, que disputa da Volta da França. No mountain bike, Rubens Donizete foi o 21º em 2008 e terminou o Mundial do ano passado no 48º lugar, longe do pódio.
Squel Stein (foto) é a representante do país no BMX, e ficou com a sexta colocação no último Mundial. Ela mesmo diz, no entanto, que foi favorecida com quatro quedas que aconteceram em sua bateria semifinal. Aos 21 anos, ela mesma aposta em uma possível medalha somente em 2016.
ESGRIMA - EXPERIENTE, RENZO AGRESTA LIDERA A EQUIPE BRASILEIRA
- Com um dos piores rankings entre os 38 classificados para a disputa do florete, Guilherme Toldo terá de disputar a primeira fase dos Jogos de Londres, em embates eliminatórios. Neste ano, o brasileiro tem como melhor resultado a 83ª posição no GP de São Petersburgo, na Rússia.
O Brasil ainda conta com Renzo Agresta, em sua 3ª Olimpíada. O atleta do sabre vem de um resultado significativo, batendo o sul-coreano Woo Won (5º do mundo) em fevereiro em torneio na Bulgária, que contou com os melhores da modalidade. Agresta terminou em oitavo lugar. O brasileiro tenta melhorar o desempenho em relação às participações anteriores, em que conseguiu um triunfo na estreia como melhor atuação.
FUTEBOL - NEYMAR É A ESTRELA DA SELEÇÃO QUE BUSCA O OURO INÉDITO
- Como sempre, o Brasil tem chances de medalha nos dois gêneros. Entre os homens a expectativa é melhor. Boa parte do jovem time principal do Brasil estará em Londres, como Sandro, Neymar, Oscar, Lucas e Damião, reforçados por Thiago Silva, Marcelo e Hulk. Quando jogou junto, o time de Mano bateu a equipe principal da Dinamarca e dos EUA com folga, perdeu para o México e deu trabalho à Argentina de Messi, que venceu por 4 a 3 naquela oportunidade.
- Já entre as meninas, no entanto, os resultados recentes não são muito animadores. Na Copa do Mundo do ano passado, a seleção caiu já nas quartas, nos pênaltis contra os EUA. Desde então, mudou o comando do time e perdeu amistosos contra as norte-americanas e o Japão.
GINÁSTICA ARTÍSTICA - EQUIPE MASCULINA VAI MAIS FORTE QUE A FEMININA
- Arthur Zanetti é quem está mais perto da medalha. Vice-campeão mundial nas argolas no ano passado, ele somou 15.600, contra 15.800 de Chen Yibing, seu principal rival. Neste ano, melhorou a nota de partida da sua série e chegou a fazer 15.925 em uma etapa da Copa do Mundo na Bélgica. A cor da medalha vai depender da disputa direta com o rival chinês, que pode mudar sua apresentação na reta final.
- Já Diego Hypolito avalia que seu desempenho vai depender muito da recuperação da lesão no tornozelo, que o incomodou nas últimas semanas. Ele foi bronze no Mundial do ano passado com 15.466, mas pode aumentar a nota de partida caso esteja bem fisicamente. O problema é que ele tem pelo menos três rivais que podem fazer apresentações similares às dele.
Entre as meninas, a ausência de Jade, quarta do mundo no ano passado e que tinha chance de medalha no salto, será sentida. Sem a ginasta, a equipe tem poucas chances de ir à final. O Brasil foi 14º no Mundial do ano passado, quando contou com todas as atletas.
HANDEBOL - 5ª DO MUNDO, SELEÇÃO PODE SURPREENDER EM LONDRES
- Só a equipe feminina brasileira se classificou para os Jogos. Elas estão evoluindo cada vez mais nos últimos anos e pararam nas quartas de final no último Mundial, melhor resultado internacional até hoje. Passaram a duelar de igual para igual com as principais potências europeias, e ganhar uma medalha é uma meta difícil, mas possível.
HIPISMO - EQUIPE DE SALTOS É A GRANDE ESPERANÇA DE MEDALHA
- Luiza Almeida, no adestramento, tem objetivos modestos para Londres: quer ficar entre os 25 melhores, já que foi 55ª no Mundial de 2010 e 39ª em Pequim, em 2008.
Nos saltos, o Brasil tem a sua melhor chance. Por equipes, o Brasil foi quarto no Mundial de 2010 e tem dois saltadores entre os melhores do mundo.
Doda Miranda e Rodrigo Pessoa ainda podem surpreender na disputa individual. O primeiro ficou em terceiro no principal circuito do planeta no ano passado e o porta-bandeira do país foi o quarto no Mundial.
JUDÔ - O "CARRO-CHEFE" DO BRASIL QUER CHEGAR A 4 MEDALHAS
- Chamado de carro-chefe de medalhas do Brasil pelo COB, o judô promete 4 medalhas em Londres, sendo pelo menos uma de ouro. Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar entram como os mais cotados, pois lideram o ranking mundial.
Guilheiro vem de dois bronzes seguidos em Mundiais e conseguiu medalha em quase todos os torneios que disputou nos últimos dois anos. Já Mayra tem uma prata e um bronze em Mundiais e trava uma disputa equilibrada com Kayla Harrison, americana que é sua maior rival na disputa pelo ouro.
Sarah Menezes, Rafaela Silva, Erika Miranda e Rafael Silva também chegam em Londres entre os três melhores do mundo, como cabeças-de-chave e com chance de medalha.
LEVANTAMENTO DE PESO - FERNANDO E JAQUELINE REPRESENTAM O PAÍS
O Brasil competirá com Fernando Reis Saraiva, na categoria acima de 105 kg, e Jaqueline Ferreira, na até 75 kg. Ambos devem apenas cumprir tabela nos Jogos Olímpicos e têm poucas chances. |
LUTA OLÍMPICA - SOLITÁRIA, JOICE SILVA TERÁ VIDA DURA EM LONDRES
- A única representante na modalidade é Joice Silva, estreante em Olimpíadas. Ela conseguiu a vaga através de seu desempenho no Pré-Olímpico da China, no ano passado (seletiva mundial, depois de fracassar no classificatório do continente). No Mundial de 2011, Joice venceu sua primeira luta, mas caiu a seguir diante de uma adversária sul-coreana.
Bronze no Pan de Guadalajara em 2011, compete na categoria até 55 kg, que tem a japonesa Saori Yoshida como super favorita (é bicampeã olímpica e faturou os últimos nove campeonatos mundiais). Na categoria da brasileira serão 19 atletas e as disputas são eliminatórias (quem perder para as finalistas vai para repescagem, com chances de disputar o bronze).
NATAÇÃO - CESAR CIELO, ESTRELA DA DELEGAÇÃO, TENTA O BI OLÍMPICO
- A aposta brasileira de medalha dourada é, mais uma vez, Cesar Cielo. Ele é o favorito para manter sua medalha de ouro nos 50 m livre, prova na qual é também o campeão e recordista mundial. Ele chega à Olimpíada com o melhor tempo do ano, 21s38, o que lhe credencia ainda mais como o favorito na prova.
Já nos 100 m livre, prova em que foi bronze em Pequim e campeão mundial em 2009, Cielo corre por fora para conseguir uma vaga no pódio. Já não ficou entre os três no Mundial de Xangai, em 2011, e seu melhor tempo em 2012, 48s28 é o 7º melhor apenas.
- Felipe França é uma boa aposta para conseguir uma vaga no pódio nos 100 m peito. Ele é campeão mundial nos 50 m peito, modalidade que não é olímpica. Passou a treinar com mais afinco a parte final de sua prova e perdeu peso para melhorar sua performance nos 50 m finais. Chega em Londres com o terceiro melhor tempo do ano, 59s63.
PENTATLO - YANE SONHA COM MEDALHA EM ESPORTE DESCONHECIDO
- Yane Marques é a terceira colocada do ranking mundial e tem bons resultados desde Pequim, quando foi só a 18ª colocada. Ela foi sexta no Mundial de 2010, sétima em 2011 e sexta novamente neste ano, meses antes das Olimpíadas, o que a coloca com certa chance de medalha.
REMO - CAMPEÃ MUNDIAL, BELTRAME TERÁ DE COMPETIR EM OUTRA PROVA
- O Brasil será representado em três categorias: na skiff simples, entre os homens, com Anderson Nocetti, na mesma categoria entre as mulheres, com Kissya Cataldo, e no skiff duplo peso leve, com a dupla Fabiana Beltrame e Luana Bartholo.
Fabiana foi campeã mundial em 2011 no single skiff light, modalidade que não é olímpica. Para competir em Londres, tem que superar a falta de entrosamento com Luana, com quem começou a treinar esse ano. O foco de todos os integrantes do remo é se aperfeiçoar para 2016.
SALTOS - BRASIL MANDA TRÊS ATLETAS, MAS SEM GRANDES EXPECTATIVAS
- O melhor resultado do Brasil nos saltos ornamentais nos últimos anos foi a semifinal de Hugo Parisi na plataforma no Mundial de 2011. No Pan de Guadalajara, competição mais fraca tecnicamente, Cesar Castro só ganhou um bronze porque o rival americano sofreu um “apagão” no salto final e levou uma nota 0, levando o brasileiro ao pódio.
TÊNIS - BRASIL SOFRE, MAS CHEGA A LONDRES GRAÇAS A CONVITE
- Classificada pelo ranking da ATP, a dupla Bruno Soares e Marcelo Melo corre por fora na briga por um pódio olímpico (Melo é o 24º do mundo e Soares o 28º, ambos em duplas). Principal tenista do país, Thomaz Bellucci não conseguiu a vaga pelo ranking e acabou ganhando o convite da ITF (Federação Internacional de Tênis).
Em Londres, o 60º do mundo é um azarão na chave de simples na grama de Wimbledon, que conta com monstros do circuito como Nadal, Federer e Djokovic.
Em duplas, Bellucci formará parceria como veterano André Sá, em sua terceira Olimpíada. Junta, a dupla já atuou no ATP de Queen's (também na grama) e caiu na estreia do Aberto da Austrália de 2010.
TAEKWONDO - TIME ENXUTO, MAS DE PESO NA DISPUTA EM LONDRES
- A meta de Diogo Silva é alcançar as semifinais da categoria até 68 kg para ter a medalha que lhe escapou em 2004, quando foi o quarto (na época, a modalidade dava apenas um bronze). O brasileiro vem de um bom desempenho no Pré-Olímpico de 2011, quando venceu cinco lutas e ganhou a vaga.
No evento, perdeu na semi para o turco Servet Tarzegui, rival forte que já bateu uma vez em três combates diretos. Na Olimpíada serão 16 atletas. Quem perder nas oitavas e nas quartas para os finalistas tem direito de voltar à repescagem e brigar pelo bronze.
A sorte de Diogo é a ausência de rivais da potência Coreia em sua chave (cada país tem o direito de participar de apenas duas das quatro categorias no masculino).
- O taekwondo brasileiro ainda contará em Londres com Natalia Falavigna, na categoria acima de 67 kg. A representante nacional tentará reeditar o bronze de Pequim. Em 2011, a brasileira decepcionou no Pan de Guadalajara, com derrota na 1ª rodada para a norte-americana Lauren Cahoon Hamon.
Na sequência, no entanto, recuperou-se na classificatória continental da modalidade, com vitórias nas finais sobre a cubana Glehnis Hernandez e a mexicana Maria Espinoza. Corre por fora por um pódio olímpico.
TÊNIS DE MESA - MUITA EXPERIÊNCIA, MAS POUCAS CHANCES DE MEDALHA
- O Brasil não tem grandes resultados recentes no tênis de mesa. Nenhuma das duas seleções (masculina e feminina) estiveram no mundial por equipes deste ano, enquanto na disputa individual do ano passado só Gustavo Tsuboi chegou a ganhar uma partida, o que dá a medida das dificuldades do país em Londres.
TIRO - BRASIL SONHA COM COLOCAÇÕES MEDIANAS NAS OLIMPÍADAS
- Felipe Fuzaro e Ana Luiza Ferrão têm poucos resultados de peso no exterior, e sonham apenas com finais olímpicas. Na fossa olímpica, Felipe é o 40º do ranking mundial, enquanto a atiradora é a 47ª na pistola de 25 m, sua principal prova.
TIRO COM ARCO - BRASILEIRO CLASSIFICADO ESTÁ LONGE DOS MELHORES
Daniel Xavier será o único representante brasileiro em Londres, mas chegará aos Jogos sem grandes resultados que o credenciem a uma medalha. No Mundial do ano passado, por exemplo, ele terminou na 44ª colocação. |
TRIATLO - BRASIL TEM BONS RESULTADOS, MAS ESTÁ LONGE DO PÓDIO
Diogo Sclebin, Pâmella Oliveira e Reinaldo Colucci representarão o Brasil. Os dois últimos tiverem alguns bons resultados internacionais recentes, mas não suficientes para credenciá-los a medalhas. Ficar entre os 15 primeiros é o objetivo. |
VELA - ROBERT SCHEIDT E BRUNO PRADA CHEGAM COMO FAVORITOS
- A vela brasileira está representada em sete classes em Londres, mas em nenhuma delas a chance de pódio é tão grande como na Star, onde a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada aparece como a principal favorita.
Os brasileiros vêm da conquista do Mundial na França (o terceiro da parceria) e domina o ranking da classe nos últimos meses, praticamente sem derrotas.
Os principais rivais dos brasileiros são os britânicos Ian Percy e Andrew Simpson, atuais campeões olímpicos, que contam com o fato casa nas raias de Weymouth como eventual trunfo.
O Brasil ainda terá em Londres Jorge Zarif (Finn), Bruno Fontes (Laser), Ricardo Winicki (RS:X), Patricia Freitas (RS:X feminina), Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (470) e Adriana Kostiw (Laser Radial).
VÔLEI - FORTES, SELEÇÕES TÊM DE REVERTER RETROSPECTO RUIM
- As duas seleções, medalhistas na última edição, chegam questionadas aos Jogos. O time masculino é o atual campeão mundial, mas não conseguiu renovar-se, sofreu para conseguir a vaga olímpica na última Copa do Mundo e teve sua pior participação na Liga Mundial desde o início da era Bernardinho, com a sexta colocação. Mesmo assim, não pode ser desprezada, já que foi o time que mais ganhou títulos no atual ciclo olímpico, apesar de todos os percalços enfrentados neste período.
- A seleção feminina que foi vice-campeã mundial em 2010 viveu sua pior temporada no ano passado, quando foi vice do Grand Prix e terminou na quinta colocação da Copa do Mundo. Neste ano, um novo segundo lugar no Grand Prix (o terceiro no atual ciclo, sempre atrás dos EUA), com vitórias importantes sobre rivais como China e Itália.
VÔLEI DE PRAIA - BRASIL BRIGA POR MEDALHA NOS DOIS GÊNEROS
- Com um novo parceiro, Emanuel é outra vez favorito ao ouro no vôlei de praia. O campeão olímpico de Atenas-2004 vem de um 2011 praticamente perfeito ao lado de Alison. A dupla brasileira conquistou os títulos dos circuitos Mundial e Brasileiro e, de quebra, ainda faturou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Em 2011 a parceria também triunfou no Campeonato Mundial, com apenas um set perdido em nove partidas. Alison brilhou no evento com sua força no bloqueio e ataque.
Os atuais campeões olímpicos Rogers e Dalhausser (EUA) não foram tão regulares no último ciclo, mas despontam como principais adversários. Os norte-americanos ganharam a etapa brasileira do Circuito Mundial deste ano, quando os rivais da casa desistiram da disputa em razão de uma lesão de Alison. Ex-parceiro de Emanuel em duas Olimpíadas, o veterano Ricardo agora aparece ao lado de Pedro Cunha e deve brigar para estar entre as quatro duplas finalistas.
- A disputa feminina também apresenta brasileiras como favoritas. Campeões mundiais em 2011 e ouro no Pan de Guadalajara, Juliana e Larissa despontam como a principal parceria para os Jogos de Londres. Elas contam com o ciclo irregular das principais adversárias, as norte-americanas Walsh e May, atuais bicampeãs olímpicas (uma engravidou duas vezes, a outra quebrou o pé na dança dos famosos na TV). No último final de semana, Juliana e Larissa bateram as atuais líderes do ranking mundial, as chinesas Chen Xue e Zhang Xi, na decisão da etapa de Berlim do Circuito Mundial. Além dessas três duplas, as também brasileiras Talita e Maria Elisa correm por fora na briga pelo pódio olímpico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário