Campeã olímpica, britânica careca supera problemas de autoestima e se torna inspiração
- Britânica Joanna Rowsell, à direita, sofre de alopecia desde os 10 anos de idade
Rowsell foi diagnostica em 1998 com alopecia, doença que provoca queda dos pelos do corpo, quando tinha apenas 10 anos. Com 11, já tinha perdido sobrancelhas, cílios e quase todo o cabelo. A indignação foi a primeira reação, como era de se esperar, e a menina perguntava aos pais por que aquilo acontecia com ela, enquanto sonhava com o inexistente tratamento. Depois veio a vergonha de sair de casa.
Foi somente com 15 anos de idade que o ciclismo entrou na vida de Roswell e seu foco mudou. Olheiros visitaram sua escola e a encorajaram a praticar o esporte.
“O ciclismo foi outra coisa para eu me focar. De repente minha aparência não importava mais, mas sim meu desempenho sobre a bicicleta e é por isso que fui avaliada”, contou a britânica após conquistar sua medalha de ouro no sábado.
“Foi ótimo quando comecei a vencer. Foi o melhor sentimento de todos”, completou a atleta.
O problema de autoestima foi sendo superado aos poucos e, atualmente com 23 anos, Roswell se tornou um símbolo de superação. Campeã olímpica em Londres, a ciclista entende agora a reponsabilidade que tem em inspirar pessoa que possam sofrer do mesmo mal.
“Eu não queria ser conhecida como a garota com alopecia. Eu não queria que fosse isso o que me definiria. Mas eu me dei conta agora que talvez eu tenha uma responsabilidade. Isso sempre será parte de mim, então eu posso abraçar isso e servir de inspiração para outras garotas”, disse ela.
Como se algo pudesse deixar melhor a conquista do ouro com direito a recorde mundial, estava na plateia o ex-Beatle Paul McCartney e o velódromo inteiro se uniu para cantar trecho da música “Hey, Jude” durante a celebração da vitória.
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