Com hipotermia, Poliana abandona maratona e sai em cadeira de rodas
Muito magra, atleta não resiste à baixa temperatura e desiste na quarta volta.
Poliana Okimoto durante a prova: brasileira deixa a
disputa na quarta volta
A adversária mais temida por Poliana Okimoto sempre teve aparência tranquila. Não se batia como as outras ao seu lado, não fazia força, mas parecia ser a única capaz de dificultar o caminho da brasileira em direção à medalha olímpica. A água do lago Serpentine, no Hyde Park, costuma ter temperaturas baixas e que parecem ainda menores para alguém com apenas 55kg. Para tentar se acostumar ao cenário, a maratonista aquática treinou e disputou provas no local, fez sessões na represa Bilings em São Bernardo do Campo (SP), chegou a ficar em terceiro lugar no evento-teste de Londres deste ano. Estava preparada e se sentia competitiva até os 18ºC. Nesta quinta-feira, antes da disputa dos 10km, ela se apressou em saber quanto o termômetro marcava. Dezenove graus. O dia parecia estar sorrindo para ela. Céu azul, sol e calor de 27ºC. O que não estava no roteiro era a hipotermia. Por conta dela, Poliana lutou o quanto pôde, mas levantou o braço para desistir da prova quando entrou na quinta volta das seis previstas. Apesar de Ricardo Cintra, técnico e marido, ter feito o possível para mantê-la na disputa, ela não aguentou. Saiu do lago, desmaiou e foi levada de cadeira de rodas para o centro médico da instalação. Aquecida e com oxigênio, demorou pouco para ter a pressão estabilizada. Mas era difícil aceitar que tanto esforço tinha terminado de uma forma tão traumática. Nunca havia passado por uma situação assim, nunca havia abandonado uma prova
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