De Rose admite que punições levam em conta as competições do período
‘Não podemos comparar penas’, afirma o médico, presidente do painel que estipulou advertência a Cesar Cielo, flagrado por uso de furosemida
De Rose explica que é preciso avaliar se houve
negligência.
Presidente do painel que estipulou a pena de Cesar Cielo, flagrado por uso de furosemida, o Dr. Eduardo de Rose, responsável pelo programa antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro, explicou nesta sexta-feira por que o nadador recebeu apenas uma advertência, enquanto outros atletas já foram suspensos pelo uso da mesma substância. Ele afirmou que cada caso é um caso admitiu que a pena leva em conta as competições que o atleta tem pela frente.negligência.
- Não podemos comparar penas. A substância pode ser a mesma, mas tem que avaliar se mostra negligência ou culpa do atleta. Seis meses, a pena tradicional, às vezes cai em um período em que o atleta não tem competição importante. Outra hora você dá dois meses e, se fossem três, tiraria do Mundial. Às vezes não é tão grande para tirar do Mundial por uma coisa não grave. Temos um painel e ele emite um parecer, só um parecer. Cada caso tem suas peculiaridades. Por isso é muito difícil comparar com a Fabíola, com a Daynara – explicou De Rose.
O médico se refere a Fabíola Molina, flagrada pelo uso de metilhexanamina, e Daynara de Paula, que testou positivo para furosemida, a mesma de Cielo. A primeira foi suspensa por dois meses e está fora do Mundial de Xangai, em julho. A segunda, flagrada em 2010, pegou gancho de seis meses.
Sobre Cielo, De Rose alega ter ficado claro que não houve culpa do atleta e confirma a versão do nadador, que falou em contaminação na manipulação de um suplemento alimentar.
- Ele declarou e provou que usa a substância há dois anos e nunca houve qualquer tipo de problema em exames. Substância preparada na mesma farmácia, na mesma cidade, passou por todos os controles, de repente existe um erro que gera uma contaminação do suplemento. A avaliação que o painel faz é se seria possível de alguma maneira que eles vissem que havia um erro. No caso da Daynara foi a mesma substância, mas ela usou pela primeira vez naquela competição em que foi pega – explicou o médico.
O caso ainda será avaliado pela Federação Internacional (Fina), que tem 20 dias para aceitar a punição de advertência ou alegar que é preciso haver mais esclarecimentos. Se não houver acordo, a questão pode ir para o Tribunal Arbitral do Esporte. De Rose evita fazer previsões, mas lembra que a discordância é improvável.
- Se não houver acordo existe o Tribunal Arbitral. Se a Fina vai aceitar, não sei dizer. Mas minha experiência até agora é de que nunca houve discordância – concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário