sábado, 30 de julho de 2011


Bem trancadas ou perdidas por aí, medalhas se afastam dos campeões

Phelps diz só ter visto duas vezes seus ouros de Pequim; Cielo guarda tudo no banco; e Nicolas Oliveira costuma ter suas ‘joias’ distribuídas pelo próprio pai

Cofre, banco, gaveta, armário, quadro... cada nadador tem um jeito peculiar de guardar suas medalhas mais importantes. O problema é que, às vezes, tanta preocupação em colocá-las em local seguro acaba distanciando o tesouro dos próprios campeões. Michael Phelps já admitiu durante o Mundial de Xangai que poucas vezes viu seus 14 ouros olímpicos. Cesar Cielo também preferiu trancar num banco suas “joias” dos Jogos de Pequim. Mas há quem nem se preocupe com isso. O brasileiro Nicolas Oliveira, por exemplo, costuma dar todas as medalhas para o pai, que não hesita em repassá-las como presentes.
ilustração medalhas natação (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto) 
Cada nadador encontra uma maneira de guardar seu tesouro .
- Há alguns meses tirei do local secreto onde estão todas as 14 de ouro dos Jogos para vê-las. Foi apenas a segunda vez que fiz isso desde Pequim. Não sou muito de olhar para o passado porque sei que há muito mais para fazer no futuro. Só costumo juntá-las quando a minha irmã vai lá em casa e diz: “Posso vê-las?”. E eu respondo: “Claro, vou buscá-las”. Não mexo muito, apesar de saber que há muitas memórias com elas e que nunca mais esquecerei. Acho que elas terão outro impacto alguns anos após me aposentar – revelou Phelps em Xangai.
O ouro de Cesar Cielo nos 50m borboleta: mais
um para o cofre do banco.
Cielo também prefere guardar em lugar seguro suas duas medalhas olímpicas. A maior estrela da natação brasileira colocou o ouro e o bronze conquistados em Pequim-2008 num cofre de banco. Em dezembro do mesmo ano, disse que preferiu deixá-las trancadas com medo de ser roubado.

Entre os brasileiros, gavetas, armários e quadros são os lugares mais comuns. Kaio Márcio tem todas medalhas penduradas em uma estante de vidro em sua casa, na Paraíba. Thiago Pereira guarda as suas na casa da mãe, em Volta Redonda. Raramente pode ver os seis ouros do Pan Rio-2007, já que atualmente está morando nos Estados Unidos.

- Estão em casa, em Volta Redonda, e ficam espalhadas em vários lugares. Algumas que estão em um quadro, outras em gaveta, depende. Não tem lugar certo – contou Thiago.

Assim como ele, Nicolas Oliveira também parece não se preocupar muito com a organização de suas medalhas. O nadador mineiro costuma dar todas para o seu pai, que já até distribuiu algumas pela rua.

- Meu irmão jogava futebol quando era mais novo e, um dia, em um torneio, vi uns meninos andando com umas medalhas de natação penduradas. Aí perguntei onde eles tinham arrumado aquelas medalhas, e eles disseram que o meu pai tinha dado. Mas não sou muito apegado a isso. Não fico com nenhuma medalha, não tem nenhuma na minha casa. Eu passo para ele, e ele distribui. Então, se você vir alguém aí andando com elas, não se assuste – brincou.

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