domingo, 17 de julho de 2011

'Explicação é fácil de ser aceita', diz advogado sobre doping de Cielo

Howard Jacobs, contratado pelo nadador para representá-lo na Corte Arbitral do Esporte, já defendeu mais de 70 atletas de diferentes esportes

Howard Jacobs, advogado contratado pelo nadador Cesar Cielo para defender o atleta na Corte Arbitral do Esporte (TAS), afirmou, em entrevista por telefone ao "SporTV News", que o caso do brasileiro é mais simples do que muitos em que já atuou. O americano diz possuir documentos que comprovam a boa fé do campeão olímpico e mundial, que, segundo ele, se enquadra em um caso diferente de todos os que já viu. - Eu acho que a explicação do que aconteceu é fácil de ser exposta e fácil de ser aceita. Talvez seja mais fácil do que a maioria dos outros casos. Já tenho vários casos defendidos no TAS. Eu gostaria de dizer que, na maioria deles, se conseguimos avançar na explicação do porquê a substância surgiu, inadvertidamente, na amostra de urina do atleta, usualmente, ela é aceita caso também tenha respaldo em fatos e documentos. Como eles têm neste caso.
Jacobs não quis revelar se contará com a colaboração de funcionários da farmácia de manipulação, localizado na cidade de Santa Barbara d'Oeste (SP), apontada por Cielo como responsável por contaminar com o diurético proibido furosemida um suplemento alimentar usado frequentemente por ele.
- Existem muitos casos com diferentes fatos em que atletas receberam advertências ou suspensões muito curtas em função de substâncias específicas. Nenhum deles, porém, na verdade, é exatamente como este (de Cielo).
O julgamento do nadador brasileiro será realizado no próximo dia 20, em Xangai (China). O campeão olímpico e mundial corre o risco de não poder participar do Mundial de Natação, que começa três dias depois na cidade chinesa.
O advogado de Cesar Cielo defendeu mais de 70 atletas flagrados em casos de doping. Em 2011, conseguiu provar que um laboratório da Turquia havia errado o teste de Diana Taurasi, bicampeã olímpica de basquete pelos Estados Unidos, e garantiu à americana uma pena menor do que a esperada.
Em 2009, Jacobs foi o responsável pela estratégia que reduziu pela metade a suspensão da nadadora americana Jessica Hardy, que testou positivo para um esteroide anabolizante e nunca assumiu o uso.

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