terça-feira, 22 de novembro de 2011

Natação: filho de Daltely Guimarães lança filme em homenagem ao pai

Emocionada, Patrícia Amorim relembra do treinador com quem conquistou 28 títulos brasileiros e quebrou 29 recordes sul-americanos

Um dos mais vitoriosos técnicos. Recentemente, seu filho resolveu resgatar a memória do pai em um documentário. Para entender melhor o segredo do sucesso do treinador, o "SporTV News" conversou com importantes personagens da sua carreira. Para eles, o trato com os atletas é destacado como seu grande diferencial (assista ao vídeo).
- Ele sabia lidar e entender o que cada nadador precisava. Certamente, sem o Daltely do meu lado, seria muito mais difícil conseguir. Talvez eu não teria conseguido o que eu consegui - afirma Ricardo Prado, medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984.
Além de Ricardo, Patrícia Amorim também foi treinada por Daltely, que comandou a seleção brasileira de natação em quatro Olimpíadas. Sob seu comando, a atual presidente do Flamengo conquistou 28 títulos brasileiros e quebrou 29 recordes sul-americanos. Emocionada, Patrícia afirma que a parceria com o treinador era grande dentro e fora das piscinas.
daltely guimarães patrícia amorim flamengo natação documentário (Foto: Reprodução SporTV) 
Daltely posa ao lado de Patrícia Amorim na borda da
piscina do Flamengo.
- Esse carinho pela instituição, pela equipe, time e coisas do Flamengo foi passado para todos nós daquela geração através dele. Como atleta e treinador foi uma parceria como eu nunca vi. Eu queria que ele estivesse aqui, vendo tudo isso acontecer - disse emocionada.
Daltely começou a nadar aos 15 anos, em Santos, sua cidade natal. Mas foi no Rio de Janeiro que ele entrou para a história do esporte brasileiro. Aos 18 anos, se mudou para a capital carioca e, no Flamengo, descobriu duas novas paixões: o time rubro-negro e a profissão de treinador da equipe principal. Neste cargo, conquistou importantes títulos, como 17 campeonatos cariocas e um Troféu Brasil. Foram mais de 20 anos revelando talentos como Cristiano Michelena, Marcelo Jucá, André Teixeira e Maria Elisa Guimarães, por exemplo.
- Ele era um técnico que não gritava, ele lidava comigo como atleta no papo, no "olho no olho", ele conversava muito comigo - disse Maria Elisa, recordista Sul-Americana de todas as provas da década de 1970.
O filme que Paulo Guimarães, filho de Daltely, montou reúne depoimentos desses e outros ex-atletas, como Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, que reconhecem o trabalho de seu pai.
- Se você quer entender o que é o espírito do Flamengo, precisa entender quem foi Daltely Guimarães. Cada encontro desse como com o Bernardinho, a Patrícia, cada pessoa que eu já entrevistei vem contar histórias antigas, que eu não conhecia. É muita emoção ver esse reconhecimento das pessoas da figura do meu pai - afirmou Paulo.

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