quinta-feira, 19 de agosto de 2010

‘Tampinhas’ japoneses!

Atualizado em 19/08/2010 22h20

‘Tampinhas’ japoneses compensam na técnica a desvantagem na altura

Com apenas 1,78m, Kosuke Kitajima é um dos principais nomes da natação. Grande parte dos atletas é mais de 15 centímetros menor que Cielo e Phelps

natação Kosuke Kitajima 
Kitajima em abril deste ano: o japonês mede
1,78m de altura (Foto: Getty Images)
Bem altos, com boa envergadura, pernas e braços longos, costas largas, mãos e pés grandes. Geralmente, é assim que se faz um grande nadador. O astro americano Michael Phelps, que acumula medalhas de ouro há mais de meia década, é um exemplo do biotipo perfeito para as piscinas. Na outra ponta do estereótipo, estão os baixinhos japoneses. E mesmo com centímetros e músculos a menos, eles têm deixado muitos gigantes para trás.

Durante o Pan-Pacífico, que está sendo realizado esta semana em Irvine, nos Estados Unidos, o grupo formado por 49 japoneses chama a atenção. Em contraste com os gigantes americanos e australianos, os nadadores asiáticos costumam ser baixos, e muitos deles são bem magros.

- Eles são muito tampinhas, mas há vários que nadam bem. Eu e o Guilherme Guido estávamos até conversando sobre isso porque nas eliminatórias dos 100m costas tinham dois japoneses esmirradinhos que ainda terminaram na nossa frente. Acho que eles compensam na técnica, que é apuradíssima, e na agilidade – comentou o nadador brasileiro Gabriel Mangabeira, que tem 1,94m.

Phelps mede 1,93m; o brasileiro Cesar Cielo - recordista mundial dos 50m e 100m livres - 1,95m. Já a grande estrela do Japão, Kosuke Kitajima, tem apenas 1,78m de altura. Ainda assim, o bicampeão olímpico dos 100m e 200m peito é um dos mais altos representantes do país, que raramente tem em seu elenco um atleta com mais de 1,80m.
Michael Phelps e Takeshi Matsuda, em Pequim. Natação 
Phelps e Matsuda em Pequim (Foto: Getty)
Os japoneses sentem mais dificuldades nas provas de velocidade, principalmente nos 50m, mas conseguem compensar a desvantagem naquelas que não exigem tanta explosão. Exemplo disso é que, nesta quinta-feira, Kosuke Kitajima garantiu vaga na final dos 100m peito com o melhor tempo das eliminatórias (59s04, novo recorde do Pan Pacífico).

- Em provas curtas, essa diferença de tamanho é um problema. Mas, nas provas de 100m e 200m, a técnica dos atletas japoneses compensa. Com muito trabalho duro e nadando com o coração, é possível minimizar essa diferença de tamanho – afirmou Hiromichi Hatai, um dos técnicos da seleção japonesa de natação.

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