Dependente do futebol, natação do Flamengo contrasta com maior ídolo
Estrutura precária das piscinas não condiz com a figura de César Cielo, campeão olímpico e mundial contratado para as raias do clube em 2010
- Eu não faria uma mudança brusca na minha vida a ponto de voltar dos EUA para o Brasil se eu não sentisse segurança no que eu estou fazendo. Principalmente nas competições, eu sinto que o que a gente precisa a gente tem. Eles estão sempre com uma disposição muito grande para buscar tudo que a gente quer.

- A gente não tem tanto apoio. Eu preciso de vários equipamentos ainda na beira da piscina para trabalhar com o atleta. Preciso das minhas bolas de “medicine ball”, que já estouraram algumas, preciso de novas, além de elástico para dentro d’água. Eu preciso de novos implementos e também do apoio do COB, da CBDA, porque aqui tem atletas que vão representar o Brasil na seleção no campeonato mundial. Preciso de um bloco de partida, com rampa. Todos esses implementos fazem a diferença nos centésimos de segundo.
Em busca de um patrocinador exclusivo
Apesar da estrutura defasada, a natação do Flamengo pode passar por uma transformação se um projeto de reforma da presidente Patrícia Amorim for colocado em prática. Atualmente, as raias não possuem patrocinador exclusivo e o orçamento, de R$ 2 milhões, tem 80% do dinheiro proveniente do futebol – valor distante dos R$ 3,5 milhões apontados pela diretoria como investimento ideal. Para a vice de esportes olímpicos, Cristina Callou, a principal mudança será o acordo com uma empresa patrocinadora.
- Vamos conseguir construir uma piscina que seja de alto nível, que possa abrigar qualquer competição, que tenha arquibancada, sala. No papel nós já temos tudo, só falta o investidor, mas vamos conseguir. Vamos indo de degrau em degrau para conseguir estar onde o Flamengo sempre esteve - no topo das competições.
De olho nos Jogos de 2016
Mesmo longe do ideal, a natação do Flamengo tem apresentado crescimento. Saltou do 13º lugar, em 2009, para a terceira posição geral no Troféu Maria Lenk de 2011. O número de alunos na escolinha aumentou 15% após a chegada de César Cielo, e as crianças já podem se espelhar em novos atletas contratados pelo clube, como Nicholas dos Santos, Henrique Barbosa, João de Lucca e Lauro filho.
Para Marcos Veiga, os investimentos miram os Jogos Olímpicos do Rio-2016.
- A gente tanto investiu nos ídolos, que são referência para garotada da escolinha, também para a equipe, mas também trouxemos a molecada nova para trabalhá-la para 2016.
É realmente uma pena um clube depender de esportes para sustentar outros, e ainda piora quando um campeão olímpico tem que reclamar.
ResponderExcluirA natação é o esporte mais benéfico que existe, praticada individualmente ou coletivamente, mas ainda assim o Brasil é considerado por aqueles que vivem nele, o país do futebol, o qual é também muito benéfico pois você tem que aprender a praticar em grupo, mas também é conhecido por suas torcidas extremamente violentas, pelas graves lesões que causa e por ter os torcedores mais preconceituosos em todos os sentidos. Realmente é uma pena outros esportes, como a natação aqui citada, depender do futebo.